EnglishEspañolPortuguês

ONGs de proteção de animais lamentam suspensão de castrações gratuitas em Petrópolis (RJ)

11 de junho de 2014
2 min. de leitura
A-
A+
Foto: Alexandre Carius
Foto: Alexandre Carius

Desde março do ano passado, que os distritos de Petrópolis já não contam mais com o serviço de castração que era realizado em um convênio entre a prefeitura e as Organizações Não Governamentais (ONGs) de proteção aos animais. O primeiro distrito da cidade, também deixou de receber o benefício poucos meses depois.

Segundos os representantes das associação de proteção, este tempo sem prestar o serviço significa um grande prejuízo para Petrópolis, já que a população de animais de rua, praticamente dobrou. Carlos Eduardo Pereira da ONG Gapa-MA, diz que as fêmeas de cães entram no cio a cada seis meses, com os gatos o tempo é ainda menor, a cada três meses.

“Na última semana nós representantes das ONGs estivemos reunidos com o prefeito na reunião do Conselho da Cidade para expor a situação gravíssima do aumento do número de animais abandonados pelas ruas. O problema impacta diretamente na saúde, turismo e mobilidade urbano, no entanto, não recebe qualquer tipo de suporte ou investimento por parte da prefeitura durante muito tempo”, disse Carlos.

No início do ano, a prefeitura chegou a abrir um edital de licitação para contratar uma veterinária que prestaria o serviço, realizando cerca de 250 castrações por mês. No entanto, o processo não foi para frente, e, segundo Carlos, não foi bem acolhido pelas clínicas.

“Todas estavam acostumadas a trabalhar conosco mediando os pagamentos, os proprietários das veterinárias ficam receosos em assinar contrato com a prefeitura, que pode voltar atrás a qualquer momento e desistir do serviço, deixando a clínica no prejuízo, como fez agora com o convênio com as ONGs”, disse Carlos.

O edital chegou a ser publicado no Diário Oficial do Município e a concorrência foi marcada para o dia 11 de fevereiro. Segundo o documento, o máximo valor global é de R$ 531.665,00. A empresa vencedora seria a que oferecesse o serviço pelo menor valor.

“Além disso, uma clínica apenas não poderia ficar responsável por todo esse montante de castrações. Realizávamos este serviço principalmente em comunidades carentes, oferecíamos suporte de transporte para a cirurgia, medicamentos pós operatório entre outros. Caso uma veterinária do centro ganhasse a licitação, como uma pessoa do distrito, sem condições, levaria seu animal até o local. Tudo isso precisaria ser revisto”, comentou.

O responsável pela ONG lembra que o convênio foi criado em 2003, com a realização de 100 castrações por mês, mas que o número era ainda assim insuficiente. Segundo Carlos, na reunião do ComCidade, o prefeito se comprometeu a agendar uma reunião com as organizações e associações de proteção aos animais, no entanto, nada foi feito ainda.

Fonte: Tribuna de Petrópolis

Você viu?

Ir para o topo