A pretexto de ser uma “captura científica”, a matança de baleias na Antártida gerou uma carta aberta de 31 organizações não governamentais do Brasil (incluam-se aqui o Instituto Aqualung, o Instituto Baleia Jubarte e Conservação Internacional, entre outros), contra mais essa atrocidade. A despeito da moratória estabelecida pela Comissão Internacional da Baleia (CIB), em 1986, e de aquela região ser declarada Santuário Antártico de Baleias (1994), nada tem impedido a caça indiscriminada desses mamíferos gigantes.
O documento, endereçado ao diplomata Fábio Vaz Pitaluga, representante do Brasil na CIB, exige um posicionamento forte do País. Em dado momento, diz: “Permitir a continuidade da matança pelágica agora é abrir as portas para ameaças diretas a nossos interesses regionais no futuro, e a oferta de um “santuário temporário” no Atlântico Sul como atualmente em negociação, ao mesmo tempo em que o Japão segue violando o Santuário Antártico, não serve como compensação aceitável”.
Vale lembrar: o Japão caça baleias na Antártida e, mesmo sob protesto da maioria dos países que integram a CIB, nega-se a parar. O grupo de negociação da comissão, do qual o Brasil participa, deve se reunir novamente no final deste mês, no Havaí, para mais uma rodada na tentativa de acordo com o Japão.
Fonte: EPTV