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ONGs esclarecem que cães não podem ser doados

1 de novembro de 2013
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As Organizações Não Governamentais (ONGs) que ficarão com os beagles do Instituto Royal eventualmente encontrados ou apreendidos esclarecem que os animais não podem ser doados. Provas de uma investigação policial, os cães que forem enviados às entidades ficarão à disposição das autoridades e podem, ao final do processo, retornar para o Instituto, caso não sejam comprovadas as denúncias de maus-tratos. As ONGs envolvidas no acordo firmado entre a Polícia Civil (que investiga o caso) e a Comissão de Defesa Animal da 24ª Subseção da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-Sorocaba) não contam com canil nem abrigo para os bichos e os beagles terão de ficar na casa de cuidadores voluntários.

Presidente do Grupo de Amparo ao Melhor Amigo do Homem (Gamah), Jussara Fernandes, conta que as entidades estão recebendo diversos contatos de pessoas interessadas em adotar os beagles do Instituto. “Os animais, apesar de estarem com uma ONG, continuam à disposição da polícia e do Poder Judiciário. Eles não podem ser doados”, afirma. O acordo entre OAB e a Delegacia de Investigações Gerais (DIG), esclarece, é para evitar que os cães eventualmente encontrados, abandonados ou que sejam alvo de mandados de busca e apreensão voltem para o Royal.

“Entendemos que seria incoerente devolver esses animais ao Instituto que é alvo de investigação”, afirma. Jussara destaca ainda que a parceria entre as ONGs, OAB e Polícia Civil, de forma alguma regulariza a situação dos cães ou de quem estiver cuidando deles que pode responder criminalmente por receptação, já que os cães podem ser considerados produtos de furto ao final do processo.

Como não têm canil nem espaço próprio para abrigar os animais as ONGs contam com uma rede de cuidadores voluntários. “Tampouco temos recursos para arcar com exames e cuidados básicos (vermifugação, vacinação e alimentação) por tempo indeterminado, pois não sabemos quanto tempo a investigação levará”, comenta a presidente do “Gamah”. Ela lembra que a ideia do acordo nasceu depois de notícias de abandono e busca e apreensão envolvendo os animais retirados do Instituto. “O medo dos defensores é que esses animais sejam devolvidos ao Instituto mesmo antes do processo”, comentou.

Além do “Gamah”, também fazem parte da parceria a “Adote Sorocaba” e a “Salve se Puder”. Para os interessados em adotar um animal, Jussara lembra que apesar dos beagles não estarem à disposição da adoção, muitos outros cães esperam um lar.

Fonte: Cruzeiro do Sul

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