A ASA (Associação Solidária aos Animais) está vendendo calendários de mesa para angariar fundos. O principal objetivo da ação é arrecadar dinheiro para continuar cuidando de animais abandonados, principalmente cães e gatos, que são castrados pela entidade de utilidade pública.
A ASA é uma ONG (Organização Não Governamental) que atende em Catanduva desde setembro de 2008. Quinze voluntários atuam na associação, que ainda não conta com sede própria. O endereço da ONG está registrado na residência do presidente da Associação, Osvaldo Elias, que cuida de 10 gatos e 03 cães. “Os gatos procuram por pais humanos adotivos”, falou Elias.
Segundo ele, cada voluntário da ONG conta, em média, com 06 animais em suas residências. “Damos vacinas, remédios e cuidamos da saúde destes animais, todos deixados pelas ruas da cidade”, explicou. “A meta é conseguir pais adotivos, que tenham interesse de cuidar e dar amor aos animais”, falou à reportagem de O Regional.
De acordo com o presidente da ONG, como as despesas são muitas, voluntários da ASA pesquisaram sobre ações que podem angariar fundos. “A ação não visa lucro, apenas juntar dinheiro para as despesas”, frisou. “Os voluntários encontraram na internet uma entidade que produziu calendários com fotos de animais. Rapidamente a idéia foi adequada para Catanduva e produzimos mil calendários de mesa”, falou o presidente da ASA.
As vendas começaram no último dia 26 de janeiro e cada calendário custa R$ 5,00. O calendário pode ser encontrado em clínicas veterinárias, pet shops, nas residências dos voluntários e na feira dos animais, que acontece aos sábados, a partir das 9h30, na Praça da República. “Estamos pedindo o apoio da comunidade. O uso de parte do dinheiro é para o tratamento de animais doentes, que necessitam de atendimento do médico veterinário”, disse Elias.
Cada mês do calendário conta com uma foto de um cachorro que foi adotado através da ASA. Infelizmente os cães, hoje saudáveis, foram abandonados por maus-tratos por pessoas sem sentimento. Interessante destacar o pequeno resumo da história do cão, que nos faz refletir sobre a importância do controle de natalidade de cães e gatos. No mês de fevereiro, por exemplo, o destaque é para o cachorro Léo, que foi encontrado muito magro, com anemia e muita diarréia.
“Durante seu tratamento, Léo precisou de ração especial, por não ter a flora intestinal formada. O cachorro sofreu muito, porém fomos dando os cuidados necessários. Hoje Léo está saudável e foi adotado por uma linda família, que o recebeu como um filho”, comentou o presidente da ASA.
Ajuda – Por ser uma ONG, a ASA não recebe verbas públicas, geralmente enviadas pelos governos Federal e Estadual. A Associação busca promover o bem estar animal e a saúde pública. Nesse sentido, a colaboração é essencial.
“Doações são muito bem vindas, já que não temos condições de arcar com todas as despesas. Desde o início dos trabalhos já realizamos castrações, adoções, consultas, compra de medicamentos para animais doentes, banhos, tosas e tratamentos quimioterápicos”, disse o presidente da ONG.
Como a ASA não tem abrigo, o animal encontrado pelas ruas é levado para a casa de um dos voluntários, que paga do próprio bolso as despesas com o tratamento do animal. “Nosso trabalho continua através de doações, de tempo e dinheiro de voluntários e de pessoas engajadas com a causa, bem como veterinários da cidade, que concedem descontos. O Centro de Zoonoses oferece os kits de castração”, disse Elias.
A venda dos calendários está sendo feita pela primeira vez. A ASA também consegue verba através da venda de rifas, bingos, doces, camisetas ou brindes. A entidade pretende realizar em breve um chá beneficente. Para isso a ONG busca apoio para encontrar um salão ou barracão, onde a entidade quer reunir 300 pessoas.
“Estamos em busca de interessados que querem colaborar doando o espaço, pois não temos como pagar o aluguel de um salão. Temos fé que uma pessoa do bem vai ajudar e oferecer esse espaço para nosso chá beneficente”, falou o presidente da ONG.
A dentista Luciana Ornellas Perez é uma das voluntárias da ASA. Ela e sua filha, Lara, adoraram quatro cães vira latas. “Outra proposta da ASA é conscientizar as pessoas sobre a importância da castração. Apresentamos à Secretaria Municipal de Educação uma proposta de visitar as escolas e orientar os estudantes. Isso é fundamental, pois as crianças levam as orientações aos pais”, falou ela.
Elza Aparecida é ‘mamãe’ de cinco cães. Voluntária da ONG, alertou sobre a importância do apoio da comunidade. “Os voluntários da ASA não são remunerados. É um trabalho feito por amor”, frisou.
Aumento – Segundo os voluntários da ONG, está aumentando o número de cães e gatos soltos pelas ruas de Catanduva. “Muitas pessoas de cidades vizinhas, acreditando que Catanduva tem melhor estrutura, trazem os animais e soltam no município. Isso aumenta ainda mais nossa responsabilidade e já não temos onde acomodar estes animais”, falou o presidente Elias.
Vendas – Os interessados em colaborar com a ONG comprando um calendário de mesa podem ligar para (17) 3523-6731. A ONG atende aos sábados, a partir das 9h30, na Praça da República.
Fonte: O Regional