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ONG se posiciona sobre entrega de peixinhos como brindes em escola de Caeté (MG)

29 de agosto de 2016
3 min. de leitura
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Reprodução
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A Sociedade Galdina Protetora dos Animais e da Natureza de Caeté (SGPAN Caeté) enviou um e-mail se posicionando sobre a realização de um evento onde alunos foram presenteados com peixinhos vivos em uma escola de Caeté(MG). A ONG reforça a importância da conscientização de pais e alunos sobre a guarda responsável e respeito aos animais. O e-mail enviado à direção da escola pode ser lido abaixo:

Ofício nº 35/16
Caeté, 24 de agosto de 2016
 
Ilma Sra
XXXXXXXXXX – Diretora do XXXXX
 
Prezada Diretora
 
No último final de semana a direção da Sociedade Galdina Protetora dos Animais e da Natureza de Caeté (SGPAN Caeté) tomou conhecimento de que uma festa de aniversário de um dos alunos do IEPS, que aconteceu nas dependências da escola, teve, ao seu final, distribuição de peixinhos como brindes aos coleguinhas.
A SGPAN, como ONG protetora dos animais, solicita à escola que esclareça aos pais e às crianças que animais não são brinquedo e não são presente, e que tal prática só reforça uma cultura abominável de desrespeito e escravidão de seres mais frágeis.
Infelizmente ainda vivemos numa sociedade que tortura, escraviza e mata animais e o olhar sobre um simples peixinho é programado para vê-lo não como uma vida com direitos – no caso deles, o direito elementar de nadar livremente por rios e mares – mas um mero objeto descartável. É isto que queremos passar para nossas crianças?
Os humanos se dão o direito de aprisionar estes animais e, ainda por cima, ofertá-los como brinde a crianças de 4 anos! Uma criança de 4 anos jamais terá condições de cuidar de um animal, tarefa que recairá para os pais ou adultos responsáveis pelas crianças. Os pais ou responsáveis, por sua vez, se verão obrigados a cuidar do bichinho, mas tal “obrigação” certamente não será corretamente cumprida pela maioria deles, resultando em maus tratos e morte dos peixinhos.
A SGPAN não registrou Boletim de Ocorrência sobre o caso.
Como foi a primeira vez que tivemos notícias de que pais deram animais como brinde, preferimos encaminhar este ofício à escola por não termos conseguido identificar os pais e por considerarmos que a ação terá mais eficácia se a escola repassar a orientação aos pais e alunos.
A SGPAN tem poucos voluntários, todos muito sobrecarregados e exaustos pela lida diária com a realidade de cães e gatos vítimas da omissão da Prefeitura e de donos covardes. Recai sobre nossos ombros a tarefa de resgatar, encaminhar para atendimento veterinário, arrumar lar temporário, dar medicação, castrar e encaminhar para adoção dezenas e dezenas de animais. Arcamos com todos os custos, e acumulamos uma dívida hoje em mais de 25 mil reais.
A Prefeitura se omite totalmente, e não faz nada por estes animais. Já há uma lei sancionada este ano pelo governador, e ainda estamos lutando para que a Prefeitura cumpra.
Diante desta sobrecarga – pois trabalhamos o dia inteiro e temos nossas responsabilidades, como qualquer cidadão comum – não nos resta muito tempo para fazer ações de conscientização, principalmente nas escolas.
Enquanto não conseguimos nos estruturar para este trabalho, recomendamos a cartilha da União Libertária Animal
Há também outras cartilhas do Instituto Nina Rosa:
 
Lembramos da festa junina em que a escola colocou peixinhos de verdade numa barraca de pescaria, enviamos ofício e a escola nunca mais usou animais em suas festas. Agradecemos à escola pela consideração e pelo respeito aos animais.
 
Atenciosamente
 
Colegiado Diretor da SGPAN Caeté – MG

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