A criação de um centro de zoonoses no único canil de Macapá foi debatida em uma audiência pública realizada na última sexta-feira (27). Atualmente, o canil que fica no distrito de Fazendinha, distante 17 quilômetros da capital, funciona apenas no controle de doenças como a raiva.
Representantes da ONG “Anjos Protetores dos Animais” participaram da audiência e reivindicaram leis mais severas para punir agressores de animais e a criação de um centro de castração para o tratamento de doenças. A organização abriga 90 gatos e 22 cães em três canis em Macapá.
“Queremos uma lei mais severa no município nessa questão [maus tratos contra animais], além da criação de um centro de zoonoses dentro do canil municipal para a realização da castração, tratamento dos animais e trabalhar com doações, assim como ocorre em outros estados”, pontuou a presidente da ONG, Laudenice Monteiro.
Segundo a chefe da Divisão de Zoonoses de Macapá, Anaid Menezes, o canil não possui estrutura para retirar e abrigar os animais abandonados e, no momento, desenvolve apenas o controle da raiva e outras doenças transmissíveis ao homem.
O espaço possui capacidade para 40 animais com três canis coletivos: um dedicado aos machos; o outro para as fêmeas; e o terceiro para animais agressivos.
“O canil trabalha por demanda espontânea onde o foco é o controle da raiva e zoonoses. Abrigamos somente animais agressores, que possivelmente atacou alguém, e transmissores de doenças para os humanos. A captura na rua, conhecida como “carrocinha”, não está sendo feita pois precisa de estrutura adequada e parceria com as ONGs”, afirmou Anaid.
Existe um projeto de ampliação do canil previsto para ser executado em 2016, onde será implantado um programa de castração para o controle de animais.
“O canil já possui um projeto de reforma em andamento previsto para ser executado em 2016. O local vai ganhar uma sala de castração para implantar um programa de castração municipal e controlar a reprodução dos animais. Não podemos retirar os animais da rua e deixá-los confinados por muito tempo porque também configura maus-tratos”, explicou a chefe da Divisão de Zoonoses Municipal.
A audiência pública para debater políticas públicas voltadas para controlar a superpopulação de animais abandonadas nas ruas da capital foi proposta pelo vereador Auciney Maciel (PTB).
Fonte: G1