A primeira edição do evento Feirão da Roça tem em sua programação atividades como corridas de bodes, cães, galinhas e de porcos, além de prova do tambor e vaquejada. A divulgação do evento na internet, nesta sexta-feira (21), gerou reação negativa de internautas e membros de entidades ligadas à defesa dos direitos animais. A organização do evento é feita pela Associação de Produtores do Feirão da Sepror. A coordenação afirma que animais envolvidos não sofrerão maus tratos. O 1º Feirão da Roça será realizado entre os dias 27 e 30 de março, no Parque de Exposições Eurípedes Lins, na Avenida Torquato Tapajós, Bairro Tarumã, Zona Norte de Manaus (AM).
A União de Política Animal (UPA), que atua em Manaus, se posicionou contra o evento. “As ONGs, grupos, protetores independentes e toda sociedade manauara conta com um posicionamento célere e justo desse respeitado “parquet” a fim de que essa vergonha seja exemplarmente proibida no Amazonas a partir desse evento”, cita nota .
Segundo o presidente da UPA, Diego Alencar, os rodeios e vaquejadas são proibidos em várias cidades e configuram como maus-tratos e abuso de animais, conforme o artigo 32 da Lei Federal nº. 9.605/98. “Ano passado nos reunimos com o Secretário Eron Bezerra a fim de evitar as práticas de rodeio e vaquejada na última edição da Expoagro. Contudo, ocorreu normalmente. Superada essa fase do diálogo e sem sucesso em nossos pedidos, estamos organizando um novo manifesto”, disse.
Em conversa com um dos coordenadores do evento, Miguel Pacheco, o G1 questionou sobre a realização das atividades envolvendo animais e a possibilidade de haver maus-ratos. “Fizemos um convite às organizações que cuidam de doações de animais para estarem presentes no evento e apenas duas apareceram. Posso garantir que as atividades como corrida de cães e de bodes não terão maus-tratos, pois seguem critérios que podem até levar a desclassificação caso constatados abusos”, explicou. “Sobre a vaquejada, existe uma associação que regula os critérios de realização destas competições”, conta.
A Secretaria de Produção Rural do Amazonas (Sepror) informou, por meio da assessoria de imprensa, que a pasta atua apenas como apoiadora do evento, e que ele é de responsabilidade dos organizadores.
Fonte: G1