A presença da Intervenção e Resgate Animal (IRA) nos incêndios e o trabalho que vem realizando junto às autoridades e associações tem significado o resgate de centenas de animais. Apenas entre sábado, 2 de agosto, e segunda-feira, 4 de agosto, a equipe de resgate contabilizou 274 animais salvos dos incêndios que, desde os últimos dias de julho, devastaram Vila Real, Arouca e Ponte da Barca, em Portugal.
Os números oficiais foram divulgados nesta terça-feira (05/08), pela TSF, que cita Tomás Pires, líder do grupo. Segundo o presidente, entre os animais resgatados estão “inúmeros cães e gatos”, além de “animais de pecuária, como cabras, patos, galinhas, coelhos e bovinos”, e também espécies selvagens. Tomás Pires destacou a complexidade dos resgates durante os incêndios, que exigem a delimitação de zonas seguras, fora da linha do fogo, para que seja possível salvar os animais.
A ação do governo foi criticada pelo presidente, que apontou a falta de “um investimento por parte do Estado em campanhas de conscientização das populações sobre seus animais”. O líder defende a necessidade de “maior identificação e sinalização de propriedades rurais, abrigos, canis de caça e outras estruturas que possam abrigar um número de animais que justifique uma intervenção mais especializada”. “O Estado precisa investir nessas campanhas de conscientização para que as pessoas saibam que medidas preventivas adotar e como garantir o bem-estar de seus animais”, reforçou.
Tomás explicou à TSF que o grupo tem atuado principalmente de forma preventiva nas frentes de incêndio, avaliando a direção das chamas e o nível de risco para as comunidades, além de mobilizar os recursos necessários para resgates e evacuações. Em seguida, a equipe verifica o número de animais nas áreas afetadas para garantir a escolha dos métodos mais adequados para os salvamentos.
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“Se essa prevenção for necessária, orientamos as pessoas para que deixem as áreas, evacuem as aldeias com seus próprios meios e levem seus animais ou os soltem para que fiquem em segurança. Se a população não conseguir reunir os recursos necessários, então nós intervimos, recolhemos os animais e os transferimos para locais que definimos como seguros”, explicou.
O porta-voz do IRA também falou sobre a criação do partido político que já havia anunciado — chamado “Protege” —, confirmando a intenção do grupo em seguir adiante com a ideia. Segundo ele, faltam apenas a finalização dos regulamentos internos e a coleta das assinaturas necessárias para que o projeto seja concretizado no início do próximo ano.
“A questão do partido político já está em andamento. Estamos finalizando os regulamentos internos, conforme exige a lei, e depois partiremos para a coleta de assinaturas para, finalmente, entregarmos ao Tribunal Constitucional a criação dessa nova vertente, não só da nossa instituição, mas também de alguns de seus membros”, afirmou.
Fonte: Pets in Town