Por Patricia Tai (da Redação)

Foie gras, que em Francês significa “fígado gorduroso” ou “esteatose hepática”, é o prato produzido a partir da engorda e do enlargamento doentio de um fígado de pato ou ganso, resultado de alimentação excessiva imposta aos animais.

A ONG Mercy for Animals instalou câmeras secretas em uma fazenda de produção de foie gras e divulgou o vídeo com as imagens em uma conferência em Albany, apelando para o fim da prática. As informações são do Examiner.

O grupo acusou a Hudson Valley Foie Gras (HVFG) de torturar patos e empurrar tubos metálicos em suas gargantas para alimentá-los forçadamente e inchar seus fígados.

“A Mercy for Animals está convocando o Amazon, que é o maior site de vendas online do mundo, a assumir um posicionamento contra a crueldade hedionda aos animais e proibir a venda de foie gras em seus sites”, disse Vandhana Bala, diretor jurídico da ONG.

A loja online da HVFG vende seis produtos à base de foie gras cujos preços variam entre 18 e 130 dólares, e que também são distribuídos por todo o país através de revendedores.

Marcus Henley, gerente de operações da HVFG, disse que a empresa está sendo falsamente acusada.

No entanto, os especialistas são unânimes em afirmar que o método de produção de foie gras é extremamente abusivo. “Esta alimentação excessiva irá levar ao alargamento e ao mau funcionamento do fígado, causando disfunção e doenças”, declarou o Dr. Nedim Guyukmihci, professor de Medicina Veterinária da Universidade da Califórnia. “Os patos desta empresa estão sendo submetidos a condições extremamente desumanas, que lhes causam enorme sofrimento”, complementou.

De acordo com a reportagem, a Mercy for Animals espera que o Amazon siga o exemplo de redes como Costco, Safeway, Wolfgang Puck, Giant Eagle e Target, que pararam de vender foie gras em seus sites.

A ONG também está atuando junto às autoridades de Nova York para que a produção de foie gras seja proibida. Diversos países já baniram a prática, incluindo o Reino Unido, a Alemanha, a Itália e Israel.

Mas as proibições têm encontrado opositores que tentam derrubá-las. Conforme publicado pela Anda no ano passado, houve ameaça de retirada do veto no Estado da Califórnia, porém um juiz negou o pedido de revisão da lei.