Por Danielle Bohnen (da Redação)
De acordo com o jornal PrensAnimalista, a AnimaNaturalis, organização internacional que promove os direitos dos animais, com sede em 7 países e mais de 70 mil pessoas inscritas em sua rede de ativistas, por meio de uma carta pública, manifestou a Sebastián Piñera, presidente do Chile, sua opinião a respeito da atividade circense utilizando animais.
Esta atividade é regulamentada pela Lei 20.216,que “estabelece normas em benefício do Circo chileno”. A ONG expressou que tal atividade é considerada tradição e cultura, que hoje se mantém viva no Chile, sendo, portanto, um tipo de espetáculo que tem grande aceitação por parte das famílias chilenas, principalmente pelas crianças.
“Acreditamos que é contraproducente promover este tipo de atividades, reiteramos em manifestar que não estamos contra a atividade circense em si, mas sim a utilização de animais que nos preocupa”, assinala a organização.
Dessa forma, a AnimaNaturalis considera injusto e antinatural que animais que nasceram livres em meio selvagem sejam sentenciados a viver em jaulas, sob estresse constante, sofrendo maus-tratos, confinamento e solidão, sem poder satisfazer suas necessidades básicas e viver em meio natural, somente pela “diversão” de algumas pessoas.
A ONG assegura também que é errado acreditar que as atividades em que os animais são os principais protagonistas representem algum tipo de instância educativa. Os atos que estes animais realizam nos shows são totalmente antinaturais e somente são possíveis mediante submissão por meio de tortura.
“Trata-se de justificar a existência dessa violência nas arenas dos circos sob o argumento de que são educativos. Entretanto, aqui a única coisa que as crianças podem aprender são coisas erradas, como se essas atividades fossem divertidas para os animais: dançar, saltar em arcos de fogo, ficar em pé em duas patas, entre outras atrocidades alheias à sua natureza”, declara a AnimaNaturalis.
Pelas razões expostas, a AnimaNaturalis convidou o presidente Piñera a refletir e considerar essas atividades como atos cruéis, antinaturais e que representam tortura para os animais, tanto pela forma como são submetidos para que se consiga que eles realizem os distintos shows, como pelo confinamento a que são submetidos de forma permanente.
“Esperamos que possa pensar que este tipo de atividade é inaceitável e, se fossem substituídas por shows de malabaristas, bem como outros tipos de espetáculos, seriam muito mais bonitas, artísticas e culturais. Esperamos que as futuras ações do governo sejam a favor dos direitos dos animais e que não patrocinem atividades dessa natureza”, assinala a ONG.
