Moradores do Brooklyn, em Nova Iorque (EUA), criaram um aquário improvisado ao lado de um hidrante e colocaram cerca de 100 peixes dourados para viver encurralados em uma pequena poça de apenas dois centímetros de profundidade. ONGs pelos direitos animais e alguns vizinhos pedem que os sejam ser libertados imediatamente.
A PETA disse que a atração é “desumana” e dá um mau exemplo para as crianças. “Existem muitas maneiras melhores de embelezar seu bairro que não envolvem prejudicar animais indefesos”, disse Kristin Rickman, diretora da Equipe de Resposta a Emergências da PETA.
A organização diz que está trabalhando com ONGs locais para remover os peixes da poça o mais rápido possível. “É desumano, esses peixes precisam ser resgatados e colocados em lares que possam acomodá-los”, disse Rickman ao The Independent.
Alguns moradores da região também são contra o aquário. Na última semana, Emily Campbell e Max David, dois moradores do bairro, tentaram uma missão de resgate, usando redes e sacos plásticos para extrair cerca de 30 peixes da água.
Campbell afirmou que suas ações que foram motivadas por uma preocupação genuína pelos peixes. Seus sentimentos são compartilhados por Rickman.
“Há muitos problemas com esse tipo de situação”, disse Rickman. “Primeiro, os peixes dourados são indivíduos únicos. Eles têm necessidades complexas e essas necessidades geralmente não são atendidas nem mesmo dentro da casa de alguém. Atender a essas necessidades em uma poça causada por um hidrante com vazamento é simplesmente impossível.”
Embora reconhecendo que o aquário não foi iniciado como um projeto intencionalmente cruel, Rickman rejeitou sua justificativa como sendo voltada para a comunidade. “Isso não faz com que seja aceitável”, disse ela ao The Independent.
“Um peixe é um peixe. Só porque eles são menores e não custam tanto, não significa que eles não possam sofrer tanto quanto um peixe maior… Eles são seres sencientes e querem viver”, explicou a diretora.
Rickman não especificou o curso de ação pretendido pela PETA, mas disse que a prioridade era retirar os peixes da poça e ajudar os membros da comunidade a entender as questões de bem-estar animal relacionadas ao projeto.
“Muitas pessoas não consideram que os peixes possam sentir dor ou sejam significativos de alguma forma”, disse ela. Ela finalizou dizendo que é necessário dar um exemplo de bondade, compaixão e tutela responsável dos animais para as crianças.