“O animal foi lançado para morte.” Essas foram as palavras da presidente da União Protetora dos Animais (UIPA), de Itapetininga (SP), ao resumir o caso do cachorro da raça dachshund – popularmente conhecido como “salsicha” – enterrado vivo nas margens da Rodovia Antônio Romano Schincariol.
Com um corte profundo no pescoço, o cão de aproximadamente seis anos foi diagnosticado com um quadro gravíssimo de desnutrição. “Acreditamos que a pessoa que enterrou cachorro ali achou que ele já estivesse morto. Pensar que um ser humano enterrou um animal vivo é lamentável”, contou ao G1 Fernanda Nery, presidente da UIPA.
Resgatado na tarde de domingo (12), o cão foi levado para o Ambulatório Municipal Pet de Itapetininga antes de ser transferido para a unidade da UIPA. O animal foi encontrado por um casal que suspeitou de um homem que caminhava pelas margens da rodovia, na altura do quilômetro 28, com uma enxada nas mãos.
Ao verificar o que estava acontecendo, o casal decidiu questionar o homem, que apenas colocou a enxada no porta-malas de um carro e deixou o local rapidamente. Intrigado com a situação, o casal decidiu observar a área e, então, deparou-se com o cachorro enterrado vivo. O animal estava em meio a um monte de terra, apenas com parte da cabeça para fora.
Para salvá-lo, o casal cavou um buraco e retirou o cachorro, que seguiu no carro com a dupla, que viajava para a casa de parentes em Boituva, também no interior de São Paulo. Na segunda-feira (13), os dois levaram o animal ao ambulatório.
Após receber os primeiros socorros, o cão foi levado para uma clínica em Botucatu por haver melhor estrutura para tratá-lo na unidade. A transferência foi realizada em parceria com a UIPA.
O caso foi denunciado às autoridades e um boletim de ocorrência foi registrado na terça-feira (14) na delegacia de Tatuí. O crime de maus-tratos será investigado pela Polícia Civil.