Com a chegada de uma frente fria no interior de São Paulo, voluntários de uma ONG de Itapetininga (SP) estão fazendo uma campanha para distribuir agasalhos aos cães que vivem nas ruas.

Durante a primeira semana da iniciativa, a União Protetora dos Animais (UIPA) conseguiu doar mais de 40 roupinhas aos animais.

A presidente da ONG, Fernanda Nery, contou que as doações são realizadas nas noites mais frias e que a ação conta com o apoio de nove voluntários, que percorrem pontos estratégicos da cidade.

“O frio chegou mais cedo e muitas pessoas em situação de rua tutelam cachorros domésticos. Normalmente, nas campanhas de agasalho, as doações são destinadas aos humanos, e os animais ficam esquecidos. Eles também passam frio e fome, por isso, decidimos ajudar. É uma questão se compaixão, de sensibilidade”, conta Fernanda.

Agasalhos e cobertores

Para que a campanha continue sendo realizada, a presidente da UIPA pede para que as pessoas doem roupinhas e cobertores, até mesmo aqueles que já foram usados.

“A nossa intenção é dar continuidade durante a temporada de inverno, mas isso depende muito de conseguirmos arrecadar mais cobertas e roupinhas. A ação é realizada pela equipe da UIPA, mas a campanha só existe por meio da contribuição das pessoas”, explica a voluntária.

Os interessados em contribuir com a iniciativa podem ajudar de duas formas: levando os cobertores, agasalhos ou ração até o abrigo da UIPA, que fica na Rua Otávio Ferreira de Almeida, número 36, ou entrar em contato por meio das redes sociais da ONG. Os detalhes podem ser obtidos pelo telefone (15) 99852 -6513.

Conheça a UIPA

Há mais de 30 anos, a UIPA de Itapetininga ajuda a proteger e a intermediar a adoção de animais abandonados ou que sofrem maus-tratos. Por ser uma organização não governamental, ela depende do trabalho voluntário e de doações.

A unidade em Itapetininga tem uma estrutura com capacidade de abrigar 260 animais. No entanto, a presidente explicou que o espaço é pequeno se comparado a quantidade de animais desabrigados na cidade.

Segundo Fernanda, o número de animais abandonados cresceu drasticamente durante a pandemia de coronavírus, já que as pessoas estão mais ocupadas e passando por dificuldades financeiras, refletindo na superlotação do abrigo.

“Atualmente abrigamos 304 animais e não temos mais espaço, mas o trabalho de orientação e intermediação continua. Por isso é tão importante a adoção. Quando um animal é adotado, na verdade o tutor salva dois animais, já que ele libera uma vaga no abrigo, que logo será ocupada por um animal resgatado da rua”, conta a presidente da UIPA.

Fonte: G1