A ONG Patinha Carente publicou nessa quarta-feira (22) um vídeo gravado por uma missionária que mostra três homens forçando um gato a caçar um rato dentro de um balde em Rio Branco. Os animais foram colocados juntos e presos enquanto três homens seguram e tapam o balde com uma lajota e um tecido.
A divulgação do caso foi feito após a presidência da ONG receber as imagens gravadas pela missionária, em um espaço que parece a garagem de uma casa.
No vídeo, a mulher narra o que acontece logo abaixo de onde ela está. “Olha, tem um rato dentro desse balde. O gato, com medo do rato, pegaram e colocaram os dois dentro do balde para o gato aprender a caçar o rato. Agora está aí no processo”, diz nas imagens.
É possível ouvir os gritos do gato dentro do recipiente várias vezes. “Agora abre o balde para ver o que acontece”, pede a mulher. Então, os três rapazes abrem o balde que estavam segurando.
Uma segunda mulher fala após a primeira perguntar o resultado da ‘operação’: “O gato e o rato ficaram amigos”. Na área aberta, o trio retira a lajota e o tecido e o gato e rato pulam em direções opostas. As duas mulheres gargalham enquanto isso.
A presidência da ONG confirmou que fez uma denúncia de maus-tratos à Ouvidoria do Ministério Público do Acre (MP-AC). Também em publicação nas redes sociais, a ONG destacou que as pessoas que aparecem no vídeo entraram em contato e se desculparam, reconhecendo o erro. Segundo essas pessoas, o gatinho está bem.
A reportagem não conseguiu contato com a missionária que postou o vídeo.
Jocum se posiciona
Após a divulgação do caso, a base missionária Jovens Com Uma Missão (Jocum), a qual o grupo de pessoas pertence, publicou uma nota de repúdio a atitude dos missionários. Segundo o comunicado, os envolvidos serão submetidos a processo de disciplina e administrativo.
“Reafirmamos que não concordamos com essas atitudes. Informamos ainda à sociedade acreana que tomaremos as devidas providências em relação ao acontecido e que os missionários envolvidos serão submetidos a processo de disciplina e administrativo para que as devidas medidas legais sejam tomadas”, diz o comunicado.
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Fonte: G1
