Depois da polémica lei de extermínio de cães e gatos em situação de rua aprovada na Turquia, Marrocos é o novo centro das atenções. A International Animal Welfare Coalition (IAWPC), uma organização que luta pelos direitos e bem-estar animal, alertou que cerca de três milhões de cães vadios estão em risco de serem abatidos por ocasião da preparação do Mundial de 2030.
O país no Norte de África foi o escolhido para acolher a competição, juntamente com Portugal e Espanha. No entanto, a organização denuncia que, embora a FIFA tenha prometido respeitar as normas internacionais no que diz respeito aos direitos humanos e animais, foram descobertos casos de abates que incluem “o envenenamento com estricnina, seja por injeção direta no cão ou por colocação na comida, e a presença de homens armados enviados pelo governo para percorrem as zonas urbanas e rurais de Marrocos, de dia e de noite, com espingardas e pistolas e disparam sobre cães”.
“A matança em massa de cães em situação de rua em Marrocos antes do Mundial de 2030 da FIFA é cruel, vergonhosa e desnecessária”, alertou a IAWPC. “A FIFA deveria desqualificar Marrocos como co-anfitrião até que deixe de perpetrar estas atrocidades. Apelamos também aos co-anfitriões Espanha e Portugal, e aos patrocinadores do torneio Qatar Airways, para que exerçam pressão sobre Marrocos para que ponha um fim imediato às matanças.”
A campanha pede aos amantes de animais para enviarem um e-mail à FIFA a pedir o fim do abate em massa. Para ter acesso à mensagem já escrita para enviar, basta entrar em contacto com a organização de defesa animal através do Instagram. A IAWPC preparou também um vídeo a denunciar o ocorrido. Pode ser assistido no Youtube, mas alertamos para imagens sensíveis.
No passado dia 29 de julho o mundo recebeu, com incredulidade e horror, a notícia que não queria ouvir: a Turquia tinha acabado de aprovar uma lei de extermínio de cães e gatos de rua, que se estima que abranja quatro milhões de animais.
Apesar dos protestos que aconteceram na Turquia e também a nível global (a incluir em Portugal), o governo parece decidido a manter a nova legislação. Na altura, o partido Pessoas-Animais-Natureza (PAN) também divulgou um vídeo a falar sobre esta questão.
Fonte: Pets in Town