EnglishEspañolPortuguês

ONG defende que usar linguagem torpe diante de animais recai em abuso

29 de maio de 2015
2 min. de leitura
A-
A+

Por Patricia Tai (da Redação)

Ativistas acreditam que animais são atentos e sensíveis a palavras usadas pelas pessoas. Foto: Baronb/Shutterstock
Ativistas acreditam que animais são atentos e sensíveis a palavras usadas pelas pessoas. Foto: Baronb/Shutterstock

Em setembro de 2014, a ONG PETA entrou com uma ação contra uma fazenda criadora de ovelhas, afirmando que a linguagem usada pelos tosquiadores durante o seu trabalho era qualificada como abusiva. O grupo ativista de direitos animais indignou-se não só com a maneira através da qual algumas palavras eram usadas, mas especificamente com o tipo de palavras em si. As informações são do Mother Nature Network.
De acordo com a Australian Broadcasting Corporation, “Para Ken Turner, que opera a Boorungie Station, a queixa sugere que as ovelhas poderiam entender o idioma inglês. A alegação seria de que o mau linguajar era usado por um funcionário da propriedade na frente das ovelhas, e que elas poderiam ter se sentido ofendidas pelo uso de tal linguagem”.
O presidente da Lawyers for Animals, Nicolah Donovan, disse à emissora: “Nós aceitamos que a violência doméstica pode certamente ser constituída por atos de extremo abuso verbal…Esse poderia ser o caso com crianças ou animais de fazendas (sic), e o nível de abuso não precisa ser extremo, para causar uma espécie de medo em um animal”. Lynda Stone, da Animal Liberation NSW, é citada dizendo, “Eu não estou certa de que os animais possam entender diferentes dialetos…O que eles estarão recebendo, no entanto, é a ameaça inerente à forma como a voz é usada. Eu acredito que eles podem absolutamente compreender emoções”.
As acusações da PETA já foram formalmente derrubadas. A ONG disse em um comunicado: “Se a linguagem obscena fosse o pior que estas ovelhas exploradas pela indústria de lã tivessem que enfrentar, então nenhuma queixa teria sido arquivada”.
Mas, segundo a reportagem, uma questão trazida por toda essa comoção ainda é interessante: digamos que você não esteja gritando ou dirigindo palavras ofensivas para o animal, porém falar palavras de baixo calão na frente de um animal ainda poderia ser considerado como abuso?
E, por fim, a reportagem sugere que reflitamos sobre a pergunta: “Você presta ou prestaria atenção à linguagem que utiliza quando está diante dos animais?”.

Você viu?

Ir para o topo