Em uma zona remota da República Democrática do Congo, o Dian Fossey Gorilla Fund inaugurou o primeiro centro de reabilitação de gorilas-orientais-das-terras-baixas (Gorilla gorilla graueri), uma subespécie que só existe naquele país e que tem o estatuto de espécie em perigo. O objetivo do GRACE (Gorilla Rehabilitation and Conservation Education) é ensinar aos gorilas órfãos como sobreviver no estado selvagem, para mais tarde serem libertados no seu habitat natural, as florestas tropicais da Bacia do Congo. É o primeiro centro do gênero na África central. Tem espaço para 30 jovens gorilas e uma área de 350 hectares de habitat natural.
Esses jovens gorilas são física e emocionalmente frágeis, uma vez que foram sujeitos a experiências extremamente traumáticas por parte de caçadores. Dois repórteres da CNN acompanharam, recentemente, o transporte de helicóptero e a libertação do primeiro grupo desses primatas em uma zona florestal.
Mapendo, Amani, Kighoma e Ndjingala foram arrancados da floresta com a família por caçadores. Sandy Jones, responsável pela reabilitação dos gorilas confiscados do Dian Fossey Gorilla Fund e pelo GRACE, contou que “todas as espécies de gorila estão em perigo porque o Congo está tão inexplorado que ainda não fizeram um censo para contabilizar o número de gorilas-orientais-das-terras-baixas”.
O grupo de gorilas agora libertado tem entre um e cinco anos. Mapendo, cujo nome significa “amor”, foi resgatada em dezembro de 2007 juntamente com um macho, que sobreviveu apenas dois dias. Quando Amani (que significa “paz”) foi salva, há cerca de um ano, tinha uma ferida profunda em uma das pernas. “Ao que parece, a mãe foi baleada e ela foi apanhada no meio do tiroteio”, explicou Sandy Jones. “O tratamento durou quase um ano, mas agora ela já anda quase que normalmente”.
Kighoma (“tambores”) é o único macho do grupo. Chegou ao centro em maio do ano passado, enquanto Ndjingala foi resgatada no início deste ano. Tem apenas um ano e recebeu o nome da região de onde foi retirada.
Assista a reportagem feita pela CNN Internacional.
Fonte: Jornal de Notícias