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ONG cria casas para cães comunitários em Maringá (PR)

17 de novembro de 2013
3 min. de leitura
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(Foto: Divulgação)
(Foto: Divulgação)

De uns dias para cá, quem passa pela Rodoviária de Maringá se depara com uma casinha de madeira instalada logo na entrada. Em cima da “residência”, uma placa indica quem é a dona daquele espaço: a cadela Nina. A SRD foi o primeiro animal comunitário da cidade a receber um “lar doce lar”, custeado pela ONG Instituto Olhar Suficiente (Inos).

Segundo a presidente da ONG, Maria Helena Biff, o projeto surgiu a partir de uma lei estadual sancionada no início deste ano pelo governador Beto Richa (PSDB) e que institucionaliza a figura do animal comunitário – cães e gatos que vivem nas ruas, mas que recebem alimento e carinho dos moradores. A proposta, de autoria do deputado Luiz Eduardo Cheida (PMDB), prevê a identificação desses bichos, além da criação de programas de esterilização, ações preventivas contra o abandono e campanhas de incentivo à guarda responsável.

Prefeitura vai cuidar dos cães que vivem nos terminais de Curitiba

Neste ano, os cães abandonados que vivem nos terminais de ônibus de Curitiba passaram a receber cuidados da Rede de Proteção Animal da Secretaria Municipal de Meio Ambiente (SMMA). O projeto Cães Comunitários, realizado em parceria com a Universidade Federal do Paraná (UFPR) e a Fundação Araucária de Apoio ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico do Paraná (FAP), vai identificar, castrar, vacinar, monitorar e manter os animais que estão espalhados nos 22 terminais na capital. A estimativa do projeto é que sejam cadastrados, em média, dois cães por terminal, o que totalizaria aproximadamente 50 cães cuidados pela Rede de Proteção Animal.

“A Nina é um animal que vive na rodoviária há pelo menos seis anos e que criou um vínculo não só com aquele espaço, mas com a comunidade do local, que cuida dela. Então apresentamos esta ideia de criar um lugar adequado pra ela ficar. A proposta foi bem recebida pelo Ministério Público [MP] e pelo Município”, explicou Maria Helena.

Para a Nina ser reconhecida oficialmente como um animal comunitário, ela precisou ser vacinada, esterilizada e registrada pela ONG, que encomendou a casa. Feita com madeira de alta durabilidade, normalmente utilizada na construção civil, a casinha da cadelinha custou R$ 420.

A “residência” foi inaugurada no fim de outubro e contou com a presença de alunos de escolas de Maringá, que colaram adesivos no local. “Também queremos estimular a sensibilização das pessoas em relação aos animais. Muita gente que passa pela rodoviária tem visitado a Nina. A casinha virou um ‘point’ nos fins de semana”, ressaltou a presidente da Inos.

Espaço virou “patrimônio” da rodoviária

De acordo com o diretor da Secretaria Municipal de Recursos Materiais, Abastecimento e Logística (Semat), Sérgio Boter, a casinha virou uma espécie de patrimônio para a rodoviária. Ele disse que, quando foi procurado pela ONG, achou a ideia interessante e não se opôs à instalação. “Cedemos o espaço, eles [ONG] cuidaram de toda a estrutura. Mas somos nós [da rodoviária] que zelamos pela ordem. O cuidado é feito juntamente com a vigilância de todo o terminal.”

Segunda casa será instalada no Terminal Urbano

O próximo animal comunitário a receber uma casa será o cão Noinha, que há cerca de dez anos vive perambulando pelo Terminal Urbano de Maringá. De acordo com Maria Helena, a instalação deve ocorrer nas próximas semanas, com o início do projeto Natal Bom pra Cachorro. Na ocasião, as casinhas dele e de Nina receberão enfeites natalinos e a comunidade será orientada a como tratar corretamente os animais.

“Já recebemos contatos de pessoas de Maringá e de outras cidades interessadas no projeto. Queremos que a sociedade siga o exemplo e que também tome a iniciativa de cuidar desses animais”, explicou a presidente da ONG, que também cuida de 23 animais em um abrigo.

Fonte: Gazeta do Povo

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