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Adote

ONG conta histórias emocionantes de adoção no Dia Mundial do Gato

Data foi criada por uma instituição italiana, com o objetivo de ajudar a promover uma campanha contra os maus-tratos aos gatos e a ideia se espalhou pelo mundo.

17 de fevereiro de 2022
Redação ANDA
4 min. de leitura
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Gato em feira do Boulevard Shopping, no DF, em imagem de arquivo (Foto: Divulgação)

Nesta quinta-feira (17), é comemorado o Dia Mundial do Gato. Diversas ONG’s e instituições de apoio aos animais, aproveitam esse dia para promover a adoção de gatos abandonados.

A data foi criada por uma instituição italiana, com o objetivo de ajudar a promover uma campanha contra os maus-tratos aos gatos e a ideia se espalhou pelo mundo.

Segundo a ONG Clube do Gato, com a pandemia de Covid-19, houve um aumento de 75% na procura por adoção no Distrito Federal e algumas histórias são emocionantes.

De acordo com último censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), existem aproximadamente 22,1 milhões de gatos nas casas do Brasil.

Ao longo da história, os gatos foram considerados animais de proteção, que tornavam os ambientes mais seguros, por conta da habilidade para caçar roedores e outros insetos capazes de transmitir doenças. Atualmente, o gato conquistou os ambientes familiares por sua autonomia, independência e também pela beleza.

No entanto, ainda existem muitos gatos nas ruas, que passam por situações de maus-tratos, ou precisam de um lar. A ONG Clube do Gato atua em Brasília desde 2012 e promovem a adoção responsável dos gatos.

A integrante da ONG, Cecília Prado, contou ao G1 que a organização não tem abrigo. “Nossos animais ficam em lares temporários de voluntários. Já são mais de 1500 gatos, todos castrados, vacinados, vermifugados. Damos todo o suporte ao tutor após a adoção”, explica.

Encontros emocionantes

Jeniffer Freire adotou Valentim, no dia 14 de fevereiro (Foto: Clube do Gato/Divulgação)

O Clube do Gato já intermediou encontros emocionantes entre gatos e tutores. Valentim, que recebeu seu nome em homenagem ao Dia de São Valentim, ganhou um novo lar na última segunda-feira (14), depois de se recuperar de doenças e cirurgias.

Em outubro de 2021 o gatinho estava com suspeita de esporotricose – uma infecção por fungo, caracterizada por feridas e úlceras na pele e nas mucosas. Ele estava na Zoonoses, quando a ONG pediu a tutela do animal e o levou.

Exames indicaram que Valentim não tinha esporotricose, mas sim um tumor na face. Ele foi operado, retirou o tumor e ainda passou por uma cirurgia de reconstrução do rosto para que pudesse preservar sua parte funcional.

O pós-operatório foi complexo, conta a ONG. Mesmo tomando antibióticos, o gatinho teve uma infecção e precisou ser submetido a uma nova cirurgia. Porém, não havia mais tecido suficiente para reconstruir seu rosto e ele ficaria com sequelas que o deixariam com uma aparência diferente.

“Queríamos que Valentim tivesse toda a qualidade de vida, mas uma adoção parecia um sonho muito distante”, diz Cecília Prado.

Ela conta que a ONG pediu que a oncologista Jeniffer Freire fizesse uma avaliação sobre os focos de tumor. Em janeiro passado, o gato foi para a primeira consulta.

“Jeniffer indicou uma eletro quimioterapia, que seria feita no mesmo dia de uma cirurgia de extração dos dentinhos dele”, conta Cecília. Mas, a surpresa, veio depois do procedimento. A médica mandou uma mensagem de áudio para a ONG dizendo que não conseguia parar de pensar no Valentim.

“Nosso coração se encheu de esperança, e as lágrimas rolaram mesmo, com força, quando levamos esse gatão doce e cheio de vida, para o seu novo lar, no dia 14 de fevereiro, dia de São Valentim”, conta.

Gata prenha

Gata Nina foi encontrada prenha, em baixo de bloco residencial na Asa Sul, e teve filhotes 20 dias depois (Foto: Arquivo pessoal)

Outra história emocionante é a da pedagoga Ana Cardoso, que adotou uma gata que estava prenha, e abandonada embaixo do prédio onde ela mora, na Asa Sul, em Brasília. “Eu já tenho três gatos em casa, mas sempre levo comida e água para uma gata que mora embaixo do meu prédio. Um dia, eu estava chamando essa gata, e uma outra gatinha veio. Ela estava prenha e era super dócil, manhosa”, diz.

“Eu tive que levá-la. Não tinha como deixar ela na rua, prestes a parir os filhotes”, conta Ana.

No dia 28 de janeiro, Nina, como a gata prenha foi chamada, deu à luz três filhotes. Eles ainda vão ficar com a mãe, e a família de Ana, até meados de abril, quando estarão prontos para a adoção.

“Esses gatinhos são lindos demais e já estão sendo acostumados com as pessoas, amansados. Serão ótimos gatinhos domésticos”, conta a pedagoga.

“Eu sou apaixonada por esses gatinhos e faço isso porque quero incentivar as pessoas a darem um lar para animais abandonados. Não é difícil, e no final, vale muito à pena. Nós nos apegamos, ficamos muito mais felizes com eles”, diz Ana.

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