Por Marcio de Almeida Bueno (da Redação)
No dia 8 de setembro, em Cachoeirinha, um cavalo que puxava carroça caiu em plena rua, e foi socorrido por populares. Era um animal jovem e estava muito machucado. Pediram auxílio à ONG Onda, que, apesar de ter seu trabalho voltado aos cães, não deixou de atender. A responsável pela entidade, Simone Staffa, chamou o veterinário da Chicote Nunca Mais, Chico Gusso, que se deslocou até o local. O equino acabou sendo deixado em uma residência, para que no dia seguindte a Chicote Nunca Mais efetuasse o recolhimento, mas depois a moradora avisou que o carroceiro havia levado o cavalo embora.
Entretanto, a pessoa que solicitou ajuda para o cavalo ia passando no local e presenciou a senhora – que havia se comprometido em abrigar o animal – entregando-o ao carroceiro. Houve resistência, e novamente a Chicote Nunca Mais foi acionada. “Ligamos para a BM de Cachoeirinha, falamos com o soldado Juan, que nos atendeu com muita má vontade, alegando falta de viatura, falta de pessoal e todas as desculpas de rotina”, relata a presidente da Chicote Nunca Mais, Fair Soares.
A entidade então resolveu convocar a imprensa, contatando o Diário de Cachoeirinha, que mandou uma jornalista fazer a cobertura do caso. “Solicitamos novamente à BM o deslocamento de viatura ao local para fazer o termo de recolhimento. Ao saber que a reportagem estava no local, o soldado do atendimento mudou de atitude e uma viatura foi para lá. Estavam lá também os denunciante do dia anterior e o veterinário Breno”, comenta Fair.
A Chicote Nunca Mais recolheu o cavalo, batizado agora de Osama. Ele responde ao tratamento com muita dificuldade, mas será recuperado e encaminhado à tutela. “Será que precisa tanta pressão para que a BM cumpra a lei? Maus-tratos também consistem em crime ambiental, no entanto há uma resistência inclusive do Batalhão Ambiental, que após as 17h não realiza atendimento – exatamente na hora em que todas as carroças estão desfilando pelas ruas de Porto Alegre”, lamenta a presidente. “Felizmente outros batalhões têm nos auxiliado, como o 20º Batalhão da BM, destacando-se o sargento Júnior, que já nos auxiliou algumas vezes à noite. Em Gravataí, o 16º Batalhão da BM tem sido grande parceiro no recolhimento, citando a soldado Aline, sargento Régis, soldado Rodrigo Marques e major Padilha”, agradece.
O caso foi publicado no dia 9 na coluna ‘Amigo Bicho’ do Diário de Cachoeirinha.
Fonte: Chicote Nunca Mais