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ONG castrará 120 animais em campanha em Mogi das Cruzes (SP)

15 de fevereiro de 2011
4 min. de leitura
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(da Redação)
Vereador disponibilizou verba de emenda parlamentar; objetivo é esterilizar cães e gatos da Vila Estação e de protetores independentes da cidade

A Organização Não-Governamental (ONG) Adote Já promoverá uma campanha de castração maciça já no próximo mês de março. O objetivo é castrar, em um só dia, 120 animais. Nessa primeira etapa, a prioridade será dada a cães e gatos resgatados por protetores independentes em Mogi das Cruzes (SP) e a cães abandonados nas imediações da Vila Estação, em Brás Cubas, onde a quantidade de animais soltos nas ruas tem preocupado a diretoria da instituição.

A novidade foi anunciada durante uma reunião entre a ONG e protetores independentes, na segunda-feira, dia 14, na Câmara de Mogi. O vereador Jean Lopes (PCdoB) declarou o seu apoio à causa e anunciou que irá disponibilizar uma verba da sua emenda parlamentar para custear o mutirão. “Isso é uma prova de que o Legislativo está disposto a apoiar a causa”, disse.

A reunião teve a presença de aproximadamente 30 protetores. Na ocasião, foi feito um cadastro para determinar quantos animais estão na tutela de cada protetor. “A ideia é ter um balanço geral da situação dos protetores de Mogi, para que os animais resgatados por eles também sejam incluídos nas nossas campanhas de castração”, explicou o secretário-geral da Adote Já, Ralf Naure. Segundo ele, a ONG quer criar uma relação estreita com todos aqueles que resgatam animais das ruas.

“Quem é protetor sabe o quanto é difícil ter de ignorar aquele cachorro da esquina por não ter condições de abrigar mais um animal. O que nós queremos é criar uma frente de união para conseguirmos levar o objetivo de proteção e bem-estar animal adiante”, complementou Ralf.

Câmara Técnica

Durante a reunião, foi ainda discutida a participação da ONG e dos protetores independentes na Câmara Técnica de Proteção e Bem-Estar Animal. Para Ralf, esse papel deverá ser baseado em campanhas de tutela responsável, castração, doação de animais e denúncia contra maus-tratos. Ele deu o exemplo das cidades de São Carlos, Nova Friburgo e Florianópolis, que criaram uma coordenadoria independente do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) especialmente para lidar com tudo o que diz respeito à proteção animal. “É fundamental separar a Zoonoses da questão de defesa dos direitos dos animais. Assim, cada grupo ficaria encarregado de determinado assunto e poderíamos intensificar e direcionar melhor o nosso trabalho”, sugeriu.

O vereador Jolindo Rennó (PSDB) também esteve presente na reunião e, ao lado de Jean, demonstrou o apoio às ações da Adote Já. Ele, que foi o autor do projeto de lei que tornou a ONG uma instituição de utilidade pública, em setembro do ano passado, defendeu a união do Legislativo no apoio à proteção animal. “Quantos mais vereadores estiverem envolvidos, melhor”, discursou.

Para a presidente da Adote Já, Karina Pirillo, o apoio dos vereadores é fundamental para a continuação dos trabalhos da ONG. Ela lembra a boa relação da instituição com a Câmara de Poá, que já apresentaram projetos de lei para a proibição de rodeios e animais em circo, a pedido da Adote Já. “Isso mostra um interesse deles e, além disso, é importante para criar uma relação mais estreita com o Executivo”, reforça.

ONG fecha parceria com clínica e faz castração a preço popular

A Adote Já, que nas próximas semanas deverá abrir uma clínica veterinária própria, está a todo vapor na divulgação da parceria fechada com a Clínica Santana, no centro de Mogi, que possibilita a castração de animais a preço popular: R$ 50 para gatos, R$ 80 para cães até 15 kg e R$ 100 para cães acima de 15 kg. Segundo Karina, qualquer pessoa pode solicitar o benefício. Para isso, basta comparecer à ONG (rua Duarte de Freitas, 246) e solicitar uma guia de encaminhamento.

“As cirurgias são realizadas às terças e quintas-feiras, em horário previamente marcado. Já temos várias pessoas cadastradas, porque o preço é realmente muito baixo, se comparado com a tabela praticada em outras clínicas”, disse.

Mesmo com a castração gratuita no CCZ, Karina conta que as pessoas acabam optando pela esterilização em clínicas particulares. “O processo para a castração na Zoonoses, entre o cadastro, as palestras de posse responsável e a efetiva cirurgia é bastante demorado. Nesse período, que em alguns casos chega a demorar alguns meses, os animais já correm o risco de procriar”, explica, acrescentando que essa burocracia causa uma diminuição do número de castrações no CCZ, que, segundo ela, não ultrapassa os 60 procedimentos por mês.Mais informações sobre a castração podem ser obtidas pelo telefone 4796-2102.

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