Uma organização não governamental (ONG) está conseguindo bons resultados na preservação do mico-leão-dourado. O trabalho é desenvolvido em áreas de Mata Atlântica do Rio de Janeiro.
São mais de 1.500 hectares de áreas protegidas em todo o estado do Rio que estão em propriedades privadas. Cerca de 12% estão nas oito reservas particulares do patrimônio natural, em Silva Jardim.
Em uma das 36 fazendas que fazem parte do programa, a bióloga Andrea Martins explica a utilidade de um dos equipamentos utilizados: “Cada grupo de micos tem um indivíduo com um rádio-colar no pescoço, que tem uma frequência. A gente coloca essa frequência no rádio-receptor e a antena nos dá a direção que o grupo está no momento. É assim que a gente vai conseguir encontrá-los”, diz.
Em poucos minutos de caminhada, encontramos um grupo de micos-leões-dourados, graças ao rádio que o animal “SP-8” tem no pescoço. Ele tem três anos e já é o chefe da família “SP”.
“Nós trouxemos micos de zoológicos e demos todo o suporte para eles sobreviverem e reproduzirem. Agora, a gente continua fazendo a coleta de dados, mas já com os micos que nasceram aqui, porque temos atualmente só dois micos que vieram de zoológicos”, explica Andrea.
Neste local, a mata cresce naturalmente. É onde os micos encontram os insetos, frutas e flores para se alimentarem. Os dourados quase desapareceram, principalmente por causa do comércio ilegal e da ação de caçadores. Eles estão quase sempre em grupos – cada um com até oito animais. O trabalho da ONG é também orientar os donos de áreas como esta sobre o risco da devastação.
“Esperamos que este proprietário contribua e que o uso da terra seja condizente com o meio ambiente. Queremos melhorar a casa dele, que também é a nossa casa e de muitas outras espécies”, diz o biólogo Carlos Ruiz Miranda.
Fonte: Globo Rural