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CALOR EXTREMO

Onda “monstro” de calor na Ásia teria sido impossível sem mudanças climáticas

Análise mostra que a megaonda de calor que assolou o continente asiático entre abril e maio seria praticamente impossível sem os efeitos das mudanças climáticas.

18 de maio de 2024
Redação ClimaInfo
1 min. de leitura
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Foto: Ilustração | Freepik

Mais um estudo de atribuição evidenciou o impacto da crise climática sobre os eventos extremos que se proliferam ao redor do mundo. Uma análise feita por cientistas da World Weather Attribution (WWA) indicou que a onda de calor que abrangeu uma área gigantesca na Ásia, desde o Oriente Médio até as Filipinas, entre abril e maio seria virtualmente impossível em um mundo sem o aquecimento global causado pela humanidade.

calor intenso colocou as temperaturas em um patamar muito acima do normal para o período da primavera no Hemisfério Norte. Em muitas áreas, os termômetros bateram temperaturas dignas dos verões mais intensos, de 40oC para cima. Escolas tiveram que suspender as aulas nas Filipinas e em Bangladesh, enquanto agricultores contabilizaram perdas significativas na sua produção por conta das altas temperaturas.

Segundo o estudo de atribuição, o aquecimento global de 1,2oC estimado até aqui permitiu que episódios de calor intenso como o registrado na Ásia ganhassem uma probabilidade muito maior de acontecer. O calor extremo foi 45 vezes mais provável na Índia e cinco vezes em Israel e Palestina, palco de um sangrento conflito armado na Faixa de Gaza.

No caso das Filipinas, o episódio de calor extremo foi tão extraordinário que os modelos climáticos indicam que, sem o aumento da temperatura média global desde a Revolução Industrial, “o evento teria sido impossível”.

“Se o mundo aquecer até 2oC acima das temperaturas médias globais pré-industriais, a probabilidade de calor extremo aumentaria ainda mais, por um fator de 2 na Ásia Ocidental e de 5 nas Filipinas, enquanto as temperaturas aumentariam para mais de 1oC mais quente na Ásia Ocidental e 0,7oC nas Filipinas”, observaram os pesquisadores.

Fonte: ClimaInfo

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