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CUIDADOS

Onda de calor: saiba como proteger cães e gatos das altas temperaturas

11 de fevereiro de 2025
4 min. de leitura
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Foto: Ilustração | Freepik

O calor intenso que atinge diversas partes do Brasil tem alertado não apenas os seres humanos, mas também gerado debates sobre os cuidados com a saúde dos animais domésticos. Segundo o Climatempo, a onda de calor que atinge o Sul do país se estende até sexta-feira (21). Além do Rio de Janeiro, onde o termômetro já ultrapassa os 39 graus, todo o estado de São Paulo, o sul de Mato Grosso do Sul e o norte e noroeste do Paraná entram na onda de calor, com previsão de temperaturas entre 5°C e 7°C acima da média. Com isso, é importante que tutores de animais se atentem para como proteger os animais das consequências dessas altas temperaturas, que podem variar de indisposição e desidratação a hipertermia.

A onda de calor se intensificará e durará mais do que o previsto, com possibilidade de recordes de temperatura em São Paulo e Rio de Janeiro nos dias 13 e 14 de fevereiro. Esse fenômeno ocorre devido a massas de ar quente e seco combinadas com bloqueios atmosféricos causados por sistemas de alta pressão. Segundo a Organização Meteorológica Mundial, uma onda de calor é caracterizada por temperaturas pelo menos 5°C acima da média por, no mínimo, cinco dias consecutivos.

Assim como os humanos, os animais também sofrem com o calor. No entanto, eles não possuem glândulas sudoríparas espalhadas pelo corpo e, por isso, regulam a temperatura de maneira diferente, usando a respiração e as patas para dissipar o calor. Isso faz com que sejam mais suscetíveis a problemas como insolação e desidratação.

Entre os principais sinais de alerta que indicam sofrimento térmico nos animais estão:

Respiração ofegante e excessiva;
Pele quente ao toque;
Salivação intensa;
Cansaço e fraqueza;
Tremores, inquietação e falta de apetite.

Caso o tutor perceba qualquer um desses sintomas, o ideal é resfriar o animal imediatamente e procurar um veterinário para evitar complicações mais graves.

Ventilação

O ventilador pode ser uma boa opção para refrescar cães e gatos, porém nem todos os animais se familiarizam bem com o aparelho, casos em que é melhor não insistir. O ideal é que o vento não fique voltado direto para o pet, e sim para um local mais alto ou no modo giratório. O ar-condicionado costuma agradar os bichinhos, mas é importante que eles possam sair do ambiente de vez em quando.

“Para cães que vivem do lado de fora da casa, garanta que ele tenha espaço fresco, ventilado e com sombra”, explicou Halina Medina, medica veterinária fundadora do portal Tudo Sobre Cachorros.

Potes de água

Para evitar a desidratação, o ideal é que o tutor distribua diversos potes de água pela casa, facilitando o acesso do animal.

Também é importante trocar a água de duas a três vezes por dia para ter um líquido mais fresco e frio, além de estimular brincadeiras com água, como colocar pedras de gelo em uma tigela.

Há também opções de tapetes gelados ou até mesmo umedecer toalhas e colocar em locais que o animal goste de deitar.

Picolé de ração

Outra forma de fazer com que o animal possa ingerir mais água é congelar a ração (sólida ou sachês de ração úmida) ou mesmo o suco de frutas que os animais possam consumir, como se fosse um sorvete ou picolé.

Também é uma boa ideia oferecer sachês com um pouco mais de água, formando uma espécie de sopa.

Horários para passeio

Caminhar no asfalto ou terra quente pode ser um tanto prejudicial para as patas dos animais, que podem até ficar com queimaduras. A saída que muitos tutores encontram é colocar sapatinhos nos animais, porém a veterinária explica que isso também pode ser negativo.

“Não use sapatinhos no cachorro, pois eles aumentam a temperatura corporal do cão e ele pode ter uma hipertermia por conta do calor”, alertou Medina.

Por isso, o ideal é se atentar aos horários de passeio, que devem ser preferencialmente antes das 9h e depois das 17h. A especialista indica que o próprio responsável coloque a palma da mão no chão: se o calor for suportável, é um bom indicativo de que o cachorro também suportará a temperatura.

Animais mais sensíveis

Animais com mais idade ou que já possuam doenças cardíacas ou respiratórias demandam mais cuidado nos momentos de altas temperaturas. De acordo com a veterinária Beatriz Queiroz Muniz, a raça e a cor do pet também pode ser um fator que o deixa mais sensível ao calor.

“Cachorros e gatos chamados ‘braquicéfalicos’ (pug, bulldog, shih-tzus e persas), ou seja, que apresentam uma cabeça mais achatada e o focinho mais encurtado, correm maior risco com as altas temperaturas em razão de suas características físicas que prejudicam suas vias respiratórias e não conseguem fazer uma boa termorregulação. Cachorros e gatos brancos também não podem ficar expostos ao sol por longos períodos, pois podem desenvolver câncer de pele com maior facilidade”, explica a veterinária.

Animais não convencionais, como pássaros, hamsters e porcos-da-índia também merecem atenção. Se eles ficam em gaiolas, o tutor deve tirá-las da luz direta do sol, além de sempre trocar a água, garantindo que esteja gelada.

Fonte: O Globo

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