Em meio ao intenso calor que varre boa parte dos Estados Unidos em mais um verão tórrido no hemisfério norte, corpos de bois que não resistiram às altas temperaturas precisaram ser levados para um aterro sanitário.

Pelo menos 2.117 bois morreram com os altos níveis de umidade, a falta de ventos e temperaturas na faixa de 40ºC. Quase meia tonelada de animais mortos (entre 1850 e 2000 animais) foram levadas para um aterro no estado do Kansas.

A quantidade de animais mortos foi tão grande que o Kansas precisou suspender temporariamente o requisito de que corpos sejam cobertos por pelo menos 15,24 cm de terra ou lixo para dar conta da demanda.

As carcaças que não foram levadas para o aterro foram enterrados em covas sem revestimento, um dos métodos de descarte mais arriscado, porque pode levar resíduos tóxicos para as águas subterrâneas, afirma Hannah Connor, advogada sênior do Centro de Diversidade Biológica dos EUA.

Apesar de permitido por lei, este não é um método típico de disposição de corpos. Mas a quantidade de bois mortos foi tão grande que o descarte ficou sobrecarregado, levando o governo estadual a tomar medidas de emergência, segundo as autoridades locais.

Com o prognóstico de verões cada vez mais quentes e as mortes em massa deste ano, ambientalistas pedem que sejam feitas mudanças no planejamento da disposição final dos animais mortos.

Os aterros sanitários são o último recurso da lista na hora de fazer essa disposição final por causa de possíveis complicações com mau cheiro, dos animais que visitam o local para revirar o lixo e de dificuldades para cobrir os corpos, disse Brock Theiner, diretor do aterro de Seward County.

Fonte: Um Só Planeta