Uma intensa onda de calor que está atingindo a América do Sul causou a morte de mais de 400 mil galinha exploradas para consumo e mantidas em confinamento no Uruguai. O holocausto animal causou surpresa até mesmo em associações que lucram esta crueldade, que consideram o episódio “histórico” no país e evidenciam a situação de maus-tratos em que esses animais são mantidos.
Especialistas apontam que o calor extremo causou colapso no organismo dos animais, que não têm glândulas sudoríparas e não conseguem manter o equilíbrio entre as temperaturas externas e internas (homeostase). As galinhas tiveram uma morte lenta e profundamente agonizante, sem conseguir respirar ao lado dos cadáveres de outros animais.
Galinha são animais profundamente sensíveis a mudanças de pressão e temperatura. Apesar da avicultura tentar desvincular a imagem deste animal à senciência, elas são muito inteligentes, expressam emoções complexas e têm, assim como seres humanos, personalidades únicas e sabem diferenciar uma companheira da outra. São verdadeiramente empáticas.
A morte das mais de 400 mil galinhas é apenas um dos sinais que demonstram o impacto que as mudanças climáticas, causadas pela ação humana, causam nos animais. No Uruguai, os termômetros de Montevidéu atingiram a marca de 41,2 ºC no dia mais quente. A onda de calor também está afetando o Brasil e outros países da América do Sul.
Nota da Redação: como nós, os animais nasceram para viver livremente. Manter um animal aprisionado e em situação de vulnerabilidade é um dos crimes mais cruéis do ponto de vista ético. Infelizmente, leis em todo o mundo ainda permitem que algumas espécies sejam exploradas, confinadas, caçadas, comercializadas e aprisionadas apenas para satisfazer a ganância e os desejos inconscientes e cruéis de algumas pessoas. Não podemos mais aceitar calados este tipo de prática como também todas as outras que tratam os animais apenas como mercadoria ou alimento.