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GOIÁS

Onça-pintada é registrada pela primeira vez no Parque Águas do Paraíso

22 de agosto de 2024
2 min. de leitura
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Foto: Semad

Com auxílio de armadilhas fotográficas, a direção do Parque Estadual Águas do Paraíso (Peap), uma das 24 unidades de conservação administradas pelo Governo de Goiás, registrou, pela primeira vez, a presença de uma onça-pintada no perímetro da unidade.

O vídeo foi produzido no dia 8 de agosto de 2024, em uma trilha de uso restrito da equipe do Peap, que fica em Alto Paraíso.

“Embora seja de grande porte e possa pesar mais de 100 kg, a onça-pintada não oferece perigo para os turistas e população do entorno da unidade de conservação”, explica Mozart Freitas, servidor da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad) e coordenador do parque.

“A dieta dessas onças é composta principalmente por catetos, capivaras, tamanduás, além de outros animais nativos do Cerrado. Relatos de conflitos diretos com pessoas são praticamente inexistentes”.

Onça-pintada

Mozart afirma que a onça-pintada é o maior felídeo das Américas e terceiro maior do mundo. Normalmente, a coloração é amarela com pintas (rosetas) pretas, mas, ocasionalmente, o animal pode nascer totalmente preto, fator genético conhecido como melanismo.

“O amarelo é substituído pelo preto, mas suas pintas características ainda estão presentes”, diz.

Apesar de ser um animal de topo de cadeia (sendo o maior predador onde ocorre), a onça-pintada está ameaçada de extinção e classificada como ‘vulnerável’ no Brasil pelo Ministério do Meio Ambiente.

“As principais ameaças que a onça-pintada sofre hoje são a perda e fragmentação de seu habitat, atropelamentos e caça por represália”, diz o servidor da Semad.

Armadilhas fotográficas

O equipamento utilizado para fazer o registro da onça é amplamente usado para pesquisa e monitoramento de animais silvestres (principalmente mamíferos de médio e grande porte). A câmera tem mecanismo de detecção de calor e movimento, e fica instalada em locais onde se espera que os animais passarão.

“Quando o equipamento detecta a presença de um animal, ele faz um registro (vídeo ou foto) que fica gravado em um cartão de memória. Posteriormente esse cartão é recolhido pelo pesquisador que faz a leitura em um computador ou celular”, complementa Mozart.

Essas imagens ajudam grupos de pesquisa a definirem padrões de movimento e horários de atividade, uso de habitat, entre outros aspectos da rotina de determinadas espécies.

Fonte: Cora Coralina

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