Pela primeira vez uma onça e seus dois filhotes foram registrados pelas lentes do Instituto Homem Pantaneiro (IHP), que fica na região de Corumbá (MS).
Nas imagens gravadas durante a noite, uma onça fêmea junto com seus dois filhotes passou por um dos trechos de preservação da Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN), em Acurizal, a 428 quilômetros de Campo Grande.
O flagra divulgado na última sexta-feira (19) foi registrado pelas lentes de uma câmera de monitoramento, que é ativada através de movimentos. Essa é uma das medidas que os técnicos da entidade usam para mapear a região e os animais que vivem ali.
O programa Felinos Pantaneiros, integra um conjunto de medidas para impedir caças ilegais e a destruição do ecossistema que abriga os grandes felinos e outras centenas de espécies animais que só são encontrados nessa região.
“A presença da família demonstra a importância da preservação feita no bioma, através da Rede de Proteção e Conservação da Serra do Amolar”, relata o médico veterinário Diego Viana, em entrevista para o portal G1.
O fato do animal estar acompanhado pelos filhotes, denota a segurança e a preservação que a região oferece para que as onças possam se desenvolver.
Assim como em diversas áreas da Floresta Amazônica, o Pantanal foi o mártir de incêndios criminosos entre os anos de 2019 e 2020, e levou a morte a centenas de mamíferos, aves e outras espécies que habitam a região.
Os locais que foram atingidos pelas queimadas lutam até hoje para retomar o mínimo de estabilidade nativa e dependem muito do compromisso dos governos estadual e federal, para a preservação da fauna e flora pantaneira.
Expansão
Mais oito câmeras de monitoramento foram adquiridas pelo Instituto Homem Pantaneiro por meio de uma parceria com a organização não governamental (ONG) Proteção Animal Mundial. “Sob a atenção do IHP, a área em que essas imagens foram captadas não foi queimada em 2021. Isso é fundamental para os esforços de proteção dos animais e conservação da biodiversidade. Ver as onças prosperando é uma recompensa para todos nós”, finaliza o diretor executivo da ONG, João Almeida.