O estado de saúde da onça suçuarana macho capturada na manhã da última quinta-feira (22) em Uberaba MG) acaba chamando atenção para a hipótese de contaminação por agrotóxico em fazendas da região. De acordo com Cláudio Yudi, o veterinário que avaliou o quadro clínico do felino no momento em que ele foi capturado pela Polícia Ambiental, em uma fazenda na região próxima a Uberaba, ele já estava com saúde debilitada, mancando, desidratado e muito fraco. “Tanto que a Polícia Ambiental acionou nossos serviços na quarta-feira e, quando a encontramos, na quinta, ela ainda estava no mesmo local, o que é muito incomum”, afirma o veterinário.
Yudi explica que a suçuarana tem hábitos alimentícios noturnos, ou seja, ela não caminha enquanto houver luz do dia e, ainda assim, seu deslocamento diário pode chegar a 100 quilômetros. “Ela foi encontrada ao sol, deitada em campo aberto, o que se conclui que estava realmente precisando de ajuda.”
O animal foi encaminhado para o hospital veterinário, onde foi feita uma série de exames, como hemograma e radiografias, já que, a princípio, o veterinário levantou a hipótese de ela estar com fratura interna ou ser portadora de alguma doença crônica. “No entanto, esses exames apontaram normalidade no que foi avaliado, e também, durante a inspeção médica, ficou notável que o animal é sadio, com porte muscular normal, pesando 37 quilos”, avalia.
Ainda assim, foi aplicado calmante no felino, uma vez que estava agressivo devido à captura, e também quatro litros de soro glicosado para hidratação. “Após ter recebido o soro, a onça foi encaminhada para o zoológico da cidade, o Parque do Jacarandá, quando deve ter se sentido melhor e expeliu o conteúdo gástrico. Através de análises do material, constatamos que ela havia ingerido restos de uma ave, já em estado de putrefação, que possivelmente estaria intoxicada, o que poderia ser a causa desse mal-estar”, acredita o veterinário.
Ontem, já durante a manhã, o biólogo e coordenador do zoológico, Paulo Cesar Franco, afirmou que o animal já estava aparentemente bem, caminhava normalmente, e ingeriu água. “No entanto, pelo quadro que havia apresentado na quinta-feira, não descartamos a possibilidade de haver intoxicação”, afirma o biólogo.
O morador que encontrou o animal estava pulverizando o solo. “Se o agrotóxico não é ministrado corretamente, com os devidos cuidados, os prejuízos podem refletir diretamente na fauna e flora da região ou, até mesmo indiretamente no homem. No entanto, o fato desse animal caminhar cerca de 100 quilômetros diariamente acaba levantando a hipótese de a onça ter sido intoxicada em outra região.”
O sargento da Polícia Ambiental Marcos Humberto Felix afirma que a possibilidade de o animal ter adquirido uma intoxicação através de pesticidas acaba colocando todo o pessoal da companhia em alerta naquela região. “Será discutida junto ao comandante a necessidade de averiguar o uso de venenos e qual o tipo de pulverização que é usado pelos fazendeiros locais”, afirma.
Já o veterinário que acompanhou o caso, Yudi, afirma que o conteúdo gástrico expelido pela suçuarana deverá ser encaminhado para laboratório especializado – em outro município – para saber se realmente existem indícios de substâncias tóxicas.
Fonte: Jornal de Uberaba
O estado de saúde da onça suçuarana macho capturada na manhã da última quinta-feira (22) em Uberaba acaba chamando atenção para hipótese de uso indevido de agrotóxico por fazendas da região. De acordo com Cláudio Yudi, o veterinário que avaliou o quadro clínico do felino no momento em que ele foi capturado pela Polícia Ambiental, em uma fazenda na região próxima a Uberaba, ele já estava com saúde debilitada, mancando, desidratado e muito fraco. “Tanto que a Polícia Ambiental acionou nossos serviços na quarta-feira e, quando a encontramos, na quinta, ela ainda estava no mesmo local, o que é muito incomum”, afirma o veterinário.
Yudi explica que a suçuarana tem hábitos alimentícios noturnos, ou seja, ela não caminha enquanto houver luz do dia e, ainda assim, seu deslocamento diário pode chegar a 100 quilômetros. “Ela foi encontrada ao sol, deitada em campo aberto, o que se conclui que estava realmente precisando de ajuda.”
O animal foi encaminhado para o hospital veterinário, onde foi feita uma série de exames, como hemograma e radiografias, já que, a princípio, o veterinário levantou a hipótese de ela estar com fratura interna ou ser portadora de alguma doença crônica. “No entanto, esses exames apontaram normalidade no que foi avaliado, e também, durante a inspeção médica, ficou notável que o animal é sadio, com porte muscular normal, pesando 37 quilos”, avalia.
Ainda assim, foi aplicado calmante no felino, uma vez que estava agressivo devido à captura, e também quatro litros de soro glicosado para hidratação. “Após ter recebido o soro, a onça foi encaminhada para o zoológico da cidade, o Parque do Jacarandá, quando deve ter se sentido melhor e expeliu o conteúdo gástrico. Através de análises do material, constatamos que ela havia ingerido restos de uma ave, já em estado de putrefação, que possivelmente estaria intoxicada, o que poderia ser a causa desse mal-estar”, acredita o veterinário.
Ontem, já durante a manhã, o biólogo e coordenador do zoológico, Paulo Cesar Franco, afirmou que o animal já estava aparentemente bem, caminhava normalmente, e ingeriu água. “No entanto, pelo quadro que havia apresentado na quinta-feira, não descartamos a possibilidade de haver intoxicação”, afirma o biólogo.
O morador que encontrou o animal estava pulverizando o solo. “Se o agrotóxico não é ministrado corretamente, com os devidos cuidados, os prejuízos podem refletir diretamente na fauna e flora da região ou, até mesmo indiretamente no homem. No entanto, o fato desse animal caminhar cerca de 100 quilômetros diariamente acaba levantando a hipótese de a onça ter sido intoxicada em outra região.”
O sargento da Polícia Ambiental Marcos Humberto Felix afirma que a possibilidade de o animal ter adquirido uma intoxicação através de pesticidas acaba colocando todo o pessoal da companhia em alerta naquela região. “Será discutida junto ao comandante a necessidade de averiguar o uso de venenos e qual o tipo de pulverização que é usado pelos fazendeiros locais”, afirma.
Já o veterinário que acompanhou o caso, Yudi, afirma que o conteúdo gástrico expelido pela suçuarana deverá ser encaminhado para laboratório especializado – em outro município – para saber se realmente existem indícios de substâncias tóxicas.
Fonte: Jornal de Uberaba