Imagens registradas nesse sábado (4) flagraram o momento em que ao menos dois macacos-de-cheiro (Saimiri sciureus) comem doces, aparentemente balas, na área do Jardim Botânico Bosque Rodrigues Alves, onde oito macacos foram encontrados mortos.
As causas dessas mortes em Belém estão sendo investigadas. Um laudo deve sair em cerca de duas semanas.
Os macacos com as balas estavam próximos à parada de ônibus e podem ter ganhado os doces de pedestres. O flagrante foi feito pela equipe de reportagem da TV Liberal.
Cartazes afixados nos muros do Bosque reforçam a importância de os moradores da região não alimentarem os macacos, que podem ser intoxicados, segundo o diretor do local, Alexandre Mesquita.
“A gente solicita que a população não dê alimentos aos macacos. Eles aqui têm alimentação balanceada, em quatro pontos diferentes do Bosque, além do que a floresta proporciona para eles”, afirma.
Cerca de 60 macacos vivem no bosque. Alguns estão apresentando mudanças de comportamento. Eles estão sendo capturados para também passar por exames. Para isso, as equipes usam equipamentos de proteção, como luvas e máscara.
“Como a gente não sabe se foi vírus ou não, estamos tomando esses cuidados” , disse o diretor.
Entre as suspeitas das oito mortes no Bosque estão raiva e febre amarela, mas apenas exames poderão confirmar. Segundo o diretor, a possibilidade de envenenamento não é descartada.
“Se for o caso de envenenamento, a gente vai chamar a polícia para fazer uma investigação rigorosa e punir quem fez isso”, diz Alexandre Mesquita.
O bosque está fechado por causa de obras, mas o cercado dele permite a aproximação dos macacos da calçada e dos pedestres.
Segundo a direção, a morte de vários macacos ao mesmo tempo nunca aconteceu no Bosque e é considerada preocupante.
O Centro de Controle de Zoonoses da prefeitura, o Instituto Evandro Chagas e a Universidade Federal Rural da Amazônia (Ufra) foram acionados para auxiliar na investigação das mortes.
Os macacos-de-cheiro são atração dentro e fora do Bosque Rodrigues Alves, no bairro do Marco. Eles têm hábitos diurnos e costumam aparecer em fila para correr pela grade do jardim botânico.
Fonte: G1