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Oito coelhos explorados para testes são resgatados para viver em santuário

4 de janeiro de 2015
4 min. de leitura
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(da Redação)

Foto: Care2
Foto: Care2

A indústria da experimentação animal é envolta em sigilos, e geralmente as vítimas não sobrevivem. Mas, no final do mês passado, oito coelhos encontraram refúgio quando foram resgatados apenas alguns dias antes da data planejada para que eles fossem mortos. As informações são da Care2.

Nascidos e criados em uma fazenda de reprodução, esses inocentes coelhos foram confinados em jaulas frias e minúsculas por toda a vida. Incapazes de se moverem livremente ou expressar seus desejos naturais, esse tipo de sofrimento inimaginável não é algo a que qualquer ser vivo deveria estar sujeito.

Fotos: Care2
Fotos: Care2
Foto: Care2
Foto: Care2

Os coelhos, que agora estão salvos no Mino Valley Farm Sanctuary (Espanha), irão precisar de tempo para se recuperar plenamente das experiências terríveis a que foram submetidos. Enquanto não se sabe exatamente em que tipos de experiências eles foram usados, cada um destes animais está marcado com os cortes sinistros e cicatrizes de uma indústria enraizada na crueldade.

Suaves, mansos e carinhosos, os coelhos, como todos os animais, só querem viver uma vida livre de dor e sofrimento – para poder comer ervas frescas, sentir a terra sob suas patas, e o sol em suas pequenas costas brancas e macias.

Assista ao vídeo para ver os coelhos experimentando seu primeiro gosto da liberdade no santuário.

Criados para uma vida de crueldade

Na União Europeia, mais de 330 milhões de coelhos são comercialmente reproduzidos a cada ano, confinados a pequenas gaiolas em condições desumanas, aguardando o seu destino. A grande maioria deles são mortos para consumo de suas carnes ou de suas peles, enquanto outros são enviados para instituições de pesquisas médicas e universidades.

A eles é oferecida pouca ou nenhuma proteção legal, e nem sequer lhes são dados os direitos legais básicos de outros animais criados para consumo, levando a condições impensáveis, com práticas de manejo e procedimentos forçados e violentos impostos a eles.

Esses pobres animais são mantidos em gaiolas de arame minúsculas, com piso de malha, sem espaço para se movimentar, e nenhuma interação social. As condições relatadas pelo Coalition for Abolish of Fur Trade (CAFT) durante uma investigação recente destacou o fato de que essas condições terríveis levam não só a deficiências físicas e doenças, mas também a sofrimento mental extremo, ansiedade e depressão.

Não importa para qual indústria os coelhos são criados, pois o seu destino é sempre no matadouro, que é para onde esses oito coelhos resgatados teriam ido se a ONG não tivesse agido. Uma vez que a universidade terminou de usá-los para o seu teste prático, os coelhos foram encaminhados para a morte.

Foto: Care2
Foto: Care2
Foto: Care2
Foto: Care2

Os primeiros passos da liberdade

Por terem passado toda a sua vida dentro de gaiolas e laboratórios de testes, os coelhos nunca tinham tido a oportunidade de experimentar qualquer um dos seus instintos naturais. O vídeo mostra os primeiros passos de liberdade – nervosos, apreensivos e muito tímidos. Dentro de poucos minutos, eles estavam saltando na grama, com uma ligeira oscilação quando eles começaram a usar as  suas pernas propriamente pela primeira vez em suas histórias de vida.

Uma funcionária do abrigo relatou que foi um momento de imensa alegria e felicidade, mas a visão de suas pernas rígidas, de seus corpos marcados e olhos nervosos também trouxe um senso de tristeza aos corações dos que assistiam, pois eles se lembravam dos milhões de outros coelhos que são criados para uso humano e consumo a cada ano, e que nunca irão chegar a experimentar essas liberdades fundamentais da vida.

Quem não quer apoiar a cruel indústria de testes que inflige dor e sofrimento a milhões de animais em todo o mundo, deve tomar decisões conscientes e utilizar somente produtos livres de crueldade.

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