Oito bichos-preguiça da espécie de três dedos foram resgatados na manhã desta sexta-feira (23) em mais uma operação da equipe ambiental da prefeitura de Jaboatão dos Guararapes, no Grande Recife (PE). Os animais foram localizados na mesma área em desmatamento às margens da BR-101 Sul em que outros seis da espécie foram achados nessa terça (20) e outros dois nessa quarta (21). No total, 16 bichos-preguiça foram transferidos.
Nesta operação, a equipe ambiental resgatou três machos – sendo um filhote -, quatro fêmeas – uma delas grávida – e um filhote de sexo ainda não identificado. As preguiças foram pesadas, medidas e encaminhadas à reserva ecológica de Gurjaú, entre Jaboatão e Cabo.
Na terça-feira, foram localizados três machos, duas fêmeas, e um filhote de sexo não identificado. Já na quarta, a equipe encontrou uma fêmea e um filhote de sexo não identificado. Os animais também foram levados para a reserva do Gurjaú.
Segundo o coordenador de Proteção e Defesa Animal da secretaria de Meio Ambiente de Jaboatão dos Guararapes, Manoel Tabosa, os animais já estavam na mata há bastante tempo e viviam sob ameaça. “A vegetação da área foi suprimida para extração de areia de uma indústria de vidro. Com isso, os animais ficaram em uma área muito restrita e estavam indo para a BR e sendo atropelados”.
Nessa quinta (22), o grupo voltou ao local para fiscalizar a área. “Só fizemos a vistoria de campo para identificar as causas desse desequilíbrio”, explica.
Tabosa ressalta que já não há possibilidade de haver outros bichos-preguiça na área às margens da BR-101 Sul. “É certeza que não existe mais, porque vistoriamos toda área e como ela é muito suprimida não há como existir mais preguiças além das que tínhamos contado”.
Características
O coordenador da operação explica que não há problema no fato dos animais serem soltos em pontos separados. “o bicho preguiça é um animal solitário, não é um animal que vive em bando na natureza. Você pode soltá-lo em alguma reserva que ele vai sobreviver, com exceção dos filhotes que ficam até os seis meses com a mãe”.
Fonte: NE10