A polícia de Los Angeles realizou o que se acredita ser a maior operação de resgate em uma rinha de galos da história dos EUA depois de salvar mais de sete mil aves de uma propriedade em Val Verde.

O mandado de busca envolvendo 100 policiais, assim como especialistas em proteção animal, ocorreu propriedade rural de 80 acres após um mês de investigação.

Além dos milhares de aves, muitas das quais possuíam lesões consistentes com as rinhas de galo, os oficiais também recuperaram vários ringues de luta móveis, ganchos conhecidos como gaffs, que são anexados às garras dos galos, medicamentos e outros itens usados nas lutas terríveis.

Os oficiais também encontraram cadáveres de vários galos, sendo que todos tinham ferimentos compatíveis com a prática.

“O estilo de luta com a faca é particularmente sangrento. A ave é esfaqueada repetidamente na área do tórax. Não é incomum ouvir uma ave começar a vomitar ou regurgitar sangue”, disse Eric Sakach, da Humane Society dos Estados Unidos, à ABC7.

“Muitas vezes, esses homens colocam a cabeça da ave em sua boca e sugam sangue para fora da garganta da ave porque isso dá a ela alguns segundos extras de respiração para conseguir atacar seu adversário e ganhar a luta”, acrescentou.

Várias pessoas, que se acredita serem os exploradores de galos, foram detidas, mas não presas como resultado da busca, de acordo com o International Business Times.

O Departamento do Xerife do Condado de Los Angeles espera que várias acusações sejam encaminhadas à medida que a investigação continua.

Os detetives informaram que, devido ao fato de os animais serem vendidos a um preço médio que varia de US$ 50 a US$ 1500, o valor de venda dos animais salvos foi estimado entre US$ 350 mil e US$ 10,5 milhões.

“Qualquer tipo de atividade esportiva com o sangue animal não será tolerada no Condado de Los Angeles. Se alguém tiver informações sobre qualquer tipo de atividade com sangue animal, peço para ligar para sua agência local de aplicação da lei”, disse Jeff Perry, capitão do Departamento do Xerife do Condado de Los Angeles.

A operação foi resultado de uma colaboração entre a polícia, o Serviço de Cuidado e Controle de Animais do Condado de Los Angeles, o Procurador Distrital do Condado de Los Angeles, o Departamento de Investigação, a Humane Society e a Sociedade para a Prevenção da Crueldade aos Animais de Los Angeles (SPCALA).