“Daisy” e “Touché”, apanhadas acidentalmente por pescadores, estiveram em aquários particulares e públicos, foram alimentadas à mão e alvo de curiosidade de milhares de pessoas. Em 2007, foram entregues ao Centro de Reabilitação de Animais Marinhos de Quiaios, onde começou um processo de reabilitação destinado a contrariar a rotina da alimentação à mão e a presença constante de pessoas.
Nos últimos dois anos, ainda segundo a mesma fonte, o Oceanário fez-lhes um estágio de adaptação às condições naturais, num aquário especialmente desenhado para receber répteis marinhos, 250 mil litros de água e um design em forma de “loop”, que permite a natação contínua.
Com o apoio da Marinha Portuguesa, que providenciou o transporte e a logística, “Daisy” e “Touché” voltaram ao mar, ao largo das ilhas Desertas, cada uma com um transmissor via satélite, que permitirá o acompanhamento no oceano.
“Touché”, diz ainda o Oceanário, tem mais de 40 anos e, como “Daisy”, teve de ganhar massa muscular antes de se voltar a fazer ao mar. As duas tiveram também de reaprender a comer alimentos vivos.
E aprenderam bem. “Touché” tinha 90 quilos quando chegou ao Oceanário e hoje tem 142, e “Daisy” passou de 75 para 91. Ambas são da espécie “caretta caretta“, considerada em perigo pela União Internacional de Conservação da Natureza. Podem chegar aos 80 anos.
O Oceanário de Lisboa foi inaugurado em 1998 e recebe anualmente cerca de um milhão de visitantes.
*Esta notícia foi, originalmente, escrita em português europeu e foi mantida em seus padrões linguísticos e ortográficos, em respeito a nossos leitores.
Fonte: Notícias ao Mundo