“E estando Jesus assentado defronte donde era o gazofilácio, observava ele de que modo deitava o povo ali o dinheiro; e muitos, que eram ricos, deitavam com mão larga. E tendo chegado uma pobre viúva, lançou duas pequenas moedas, que importavam um real. E convocando seus discípulos, lhes disse: Na verdade vos digo, que mais deitou esta pobre viúva do que todos os outros que deitaram no gazofilácio. Porque todos os outros deitaram do que tinham na sua abundância; porém esta deitou da sua mesma indulgência tudo o que tinha, e tudo o que lhe restava para seu sustento.” (Marcos, XII: 41-44 – Lucas, XXI: 1-4).

6 – “Muita gente lamenta não poder fazer todo o bem que desejaria, por falta de recursos, e se querem a fortuna, dizem, é para bem aplicá-la….”

 “O sublime da caridade, nesse caso, seria procurar cada qual no seu próprio trabalho, pelo emprego de suas forças, de sua inteligência, de sua capacidade, os recursos que lhe faltam para realizar suas intenções generosas. Nisso estaria o sacrifício mais agradável ao Senhor.”

“Aqueles cuja intenção é desprovida de qualquer interesse pessoal, deve consolar-se de sua impotência para fazer o bem que desejariam, lembrando que o óbolo do pobre, que o tira da sua própria privação, pesa mais na balança de Deus que o ouro do rico, que dá sem privar-se de nada. Seria grande a satisfação, sem dúvida, de poder socorrer largamente a indigência; mas, se isso é impossível, é necessário submeter-se a fazer o que se pode.” – O Evangelho Segundo o Espiritismo por ALLAN KARDEC – tradução de José Herculano Pires

Quantos protetores de animais se lamentam em não possuírem mais recursos, e mesmo, tempo e espaço para ajudarem os animais. Muitos sofrem e se entristecem por não conseguirem uma maneira de ajudar aquele animal abandonado que cruza seu caminho.

Não se entristeçam, não se lamente, seu trabalho é como o “O Óbolo da Viúva” vem de seu esforço e sustento, não de suas sobras.

Protetores, o tempo que vocês utilizam cuidando dos animais abandonados, divulgando, e ajudando para que eles encontrem um lar, é tempo preciosos, que você retira do convívio de seus familiares que muitas vezes não entendem e cobram com incompreensão e violência.

O dinheiro que usas para comprar comida e medicamentos é aquele que vem de seu suor, ou da humilhação do pedido desesperado. E muitas vezes vem das dividas que fazes no comercio, sem perspectivas de salda-las, mas que naquele momento se transformam em ferramentas para o auxilio inadiável. Quantas “horas extras” terá que fazer para que se recupere o credito, não importa, importa salvar aquela vida.

Quantas vezes perdeste a saúde e o descanso cuidando dos necessitados, trocando o sono tranquilo pela vigília ao pé do animal enfermo.

Tudo que fazes por teus semelhantes, seja ele da espécie que for, fazes ao próprio Jesus, pois foi ele que afirmou; “quando o fizestes a um destes meus pequeninos irmãos, a mim o fizestes.”

Assim vossa oferta a Deus, você trabalho pelo semelhante, se assemelha ao “Óbolo da viúva” e aos olhos de Deus é muito maior que qualquer campanha que uma multinacional ou qualquer cidade, estado ou pais podem fazer.

Pois todos eles fazem sua caridade com o dinheiro que lhes sobra ou buscando algum beneficio em troca da ajuda, mas você, protetor humilde e trabalhador, tira do que tem para ajudar nossos irmãos animais e não busca nenhum proveito ou recompensa.

Parabéns a todos vocês, a vocês pertence o “Reino dos céus” e que nunca lhe falte o óbolo para oferecer a seus semelhantes.

“Porque tive fome, e destes-me de comer; tive sede, e destes-me de beber; era estrangeiro, e hospedastes-me;
Estava nu, e vestistes-me; adoeci, e visitastes-me; estive na prisão, e foste me ver.
Então os justos lhe responderão, dizendo: Senhor, quando te vimos com fome, e te demos de comer? ou com sede, e te demos de beber?
E quando te vimos estrangeiro, e te hospedamos? ou nu, e te vestimos?
E quando te vimos enfermo, ou na prisão, e fomos ver-te?
E, respondendo o Rei, lhes dirá: Em verdade vos digo que quando o fizestes a um destes meus pequeninos irmãos, a mim o fizestes.” – Mateus 25:35-40