Vereadora Ana Rita Tavares
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Ela estava nas ruas, caída. Sem forças para levantar, não conseguia comer nem beber. Pequenina, ela media no máximo o tamanho de duas mãos juntas. Mãos que unidas a salvaram de uma triste estatística: a de fazer parte dos cerca de 200 mil animais abandonados em Salvador.
A cadelinha batizada pelos seus salvadores de Vitória, é a exceção à regra. Encontrada tendo o seu escasso sangue sugado por inúmeros carrapatos, foi levada às pressas para uma clínica veterinária, com o apoio da vereadora e protetora dos animais, Ana Rita Tavares. Vitória foi submetida a duas transfusões de sangue. Mas, apesar do quadro de desnutrição e anemia graves, a pequena bebê renasceu.
Seu olhar de gratidão diz tanta coisa, que, diante dele, faltam palavras para este texto.
Sua expressão sofrida, mas aliviada por ter sido resgatada da hostilidade das ruas, externa seu agradecimento à sua “mamãe” Mara Gama, que não mediu esforços para ajudar o pobre animal. Mesmo sem dispor de recursos financeiros naquele momento, ela tomou a pequena em seus braços e buscou, freneticamente, uma clínica veterinária que a livrasse da morte.
Mara é só um exemplo de milhares de protetoras e protetores que, ao se depararem com situações semelhantes, são tomados pelos sentimentos de impotência, indignação, e de dever cumprido. Nesta hora, não vem à cabeça dessas pessoas como realizarão o pagamento dos custos veterinários; o preço da solidariedade é alto e desestabiliza qualquer um financeiramente. Contando com serviços incipientes diante da grande demanda, Salvador ainda não dispõe de um serviço de atendimento veterinário gratuito para atender animais em situação de rua.
Já desfalecida, Vitória não tinha mais forças. Até mesmo para abanar seu rabinho em sinal de gratidão. Na clínica Pet Coração, ela ficou internada por dois dias. Depois disso, a pequena guerreira foi transferida para a Clínica Pet Vida. Destaque para dois zelosos funcionários: Anderson e Simone, além da veterinária Naira Ferrari.
No rol dos abnegados, a ativista Graça Paixão, que indicou os locais para atendimento da cadelinha e por ter colaborado com a transfusão de sangue, e Ana Rita Tavares, que por meio da sua parceria com a Pet Vida, viabilizou todo o tratamento.
