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O retrocesso de um país

1 de dezembro de 2016
2 min. de leitura
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Por Teresa Botelho

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Passou a ser legal a barbaridade, a tortura e até a corrupção que nunca precisou sequer de ser legalizada, porque existe nas altas esferas e alimenta-se de políticos vendidos e comprados a preço de saldo. Torturar bovinos é agora o patrimônio cultural de um país de rastos.

Desrespeitar o Supremo Tribunal Federal, passou de Comédia Cômico-política a Drama, alicerçado pela imoralidade que fervilha nos bastidores de um Poder falido e manipulado por deputados e senadores desprovidos de valores éticos e de sentido de Estado, acompanhados por um presidente fantoche que se curva aos seus apoiantes, como moeda de troca de favores, apoios e mordomias.

A vaquejada no Brasil é o símbolo dos coronéis do gado e dos escravos no tronco, tal como a tourada em Portugal, nos remete à monarquia, à ditadura e à desenfreada e impune exploração que convive paredes meias com a ignorância e a incultura.

Os animais e as mulheres, são sempre os elos mais fracos para qualquer “macho latino” de miseráveis valores cívicos, culturais e morais.

Os primeiros, não têm voz, nem direito a manifestarem as suas dores, mas no que toca às mulheres, algumas conseguiram afirmar-se através de lutas e reivindicações, enquanto outras, as mais vulneráveis, continuarão a ser “vaquejadas”, porque nem todas as leis merecem a pena cumprir.

Teremos assim mais um país sem Norte sem Sul, e teremos ainda um país desacreditado no mundo, porque altera a Constituição, com o intuito de satisfazer sádicos e psicopatas que sentem prazer com o sangue e sofrimento de animais inocentes, enquanto o álcool lhes turva a lucidez e o resquício de inteligência que ainda lhes resta.

*Esta notícia foi escrita, originalmente, em português europeu e foi mantida em seus padrões linguísticos e ortográficos, em respeito a nossos leitores.

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