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POPULAÇÃO REVOLTADA

O que se sabe sobre policial aposentado que atirou e matou golden retriever em Guarapari (ES)

11 de setembro de 2023
4 min. de leitura
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Foto: Reprodução/Redes sociais

Um subtenente da Polícia Militar de Minas Gerais atirou e matou um cachorro da raça golden no sábado (9) em Guarapari, na Praia do Morro. O cachorro é da família da influenciadora Iuly Lima. Segundo o relato da irmã de Iuly, Iasmin Lima Peçanha Avelar, de 32 anos, para a polícia, ela estava passeando com o animal quando o animal pulou no policial. Assustado, o PM teria dito “eu vou matar seu cachorro” e disparado três vezes contra o cão.

Veja o que se sabe sobre o caso até agora:

Como a situação aconteceu segundo a família?

O pai de Iasmin postou um vídeo no perfil das redes sociais do próprio cachorro Churros, contando o que aconteceu no dia.

“Vim aqui para esclarecer o que realmente aconteceu dos fatos. A Iasmin estava passeando com o cachorro por volta das 17h30, com a filinha dela de 1 aninho e mais os meus dois pequenos. E aí na rua de trás, uma pessoa que estava vindo da praia, caminhando se assustou com o cachorro e o cachorro com ela”, disse o pai.

Ainda segundo o vídeo, o cão estava solto quando se aproximou do policial.

“Como ele tava solto, e ele é um golden, ele latiu para a pessoa e a pessoa esboçou de levantar a mão e o cachorro rosnou, foi na hora que o cara falou que ia matar o cachorro. As crianças achando que era brincadeira, correram pra abraçar o cachorro. Mesmo as crianças abraçadas no cachorro, o cara atirou sem piedade. Deu três tiros de uma pistola 9 milímetros. Meu genro chegou logo na hora, logo em seguida”, relatou no vídeo.

A influenciadora Iuly também postou nas redes sociais pedindo justiça pela morte do cachorro da família que tinha três anos. O animal foi atingido no intestino.

“Foi uma perda mesmo. As crianças estão péssimas, principalmente porque os meus irmãos mais novos viram. O Churros é porte grande, mas quem sabe como que é um golden, super manso, eles são muito dóceis. Ele tava na rua passeando, ele tava sem coleira, porque ele é obediente, não morde ninguém. Ele se assustou com o latido do churros e disparou, e tirou da bolsinha a arma dele, e disparou contra o Churros com todo mundo próximo vendo toda a cena. O tiro perfurou o intestino, fizeram uma cirurgia, mas o Churros não resistiu e faleceu”, comentou Iuly.

Quem estava presente na hora dos disparos?

Segundo a família tutora do cachorro, além de Iasmin, estavam outras três crianças pequenas.

“Um absurdo o que esse assassino fez na frente de três crianças que imploraram ele para não atirar! As crianças de 12 e 9 são nossos irmãos e a bebê de um ano é minha filha. Não estão bem. Estão muito abalados psicologicamente, choram sem parar, não querem comer”, disse Iasmin.

Quem é o policial?

Segundo a Polícia Militar de Minas (PMMG) , o policial era Anderson Carlos Teixeira, de 52 anos. Ele está aposentado e atuava na cidade de Ibirité, que fica na Região Metropolitana de Belo Horizonte.

A reportagem não conseguiu contato com o policial.

Como o policial reagiu segundo a família?

Segundo a família, após se assustar com o cachorro e dizer ‘Eu vou matar seu cachorro’, e em seguida efetuar os disparos, o policial foi embora sem socorrer o animal e entrou em um edifício. A Polícia Militar do Espírito Santo foi acionada e encontrou o suspeito.

O que diz o policial?

De acordo com o Boletim de Ocorrência, o PM alegou que estava apenas caminhando quando foi atacado pelo golden retriever duas vezes seguidas. Ele disse ainda que, na primeira vez, pediu aos tutores do animal que o segurassem, pois o cachorro estava sem focinheira.

Segundo o suspeito, na segunda vez que foi atacado, querendo resguardar sua integridade física, sacou a pistola e atirou uma vez.

O que aconteceu com o policial?

O policial militar foi encaminhado à Delegacia Regional de Guarapari. A Polícia Civil informou que o suspeito foi autuado em flagrante por maus-tratos aos animais e foi encaminhado para o Centro de Detenção Provisória de Guarapari.

Na manhã desse domingo (10), o subtenente passou por audiência de custódia, quando foi liberado sem fiança. A Justiça determinou, no entanto, que o subtenente deve seguir uma série de medidas cautelares, como não sair da Grande Vitória sem autorização prévia e não frequentar bares, boates, prostíbulos e assemelhados. Ele também está proibido de utilizar arma de fogo.

Foto: Reprodução/Redes sociais

O que diz a polícia de Minas?

A Polícia Militar de Minas (PMMG) informou que trata-se de ocorrência envolvendo policial militar aposentado e, por ser crime comum e não militar, o fato será apurado pela Polícia Civil do Espírito Santo. A PMMG informou, ainda, que acompanha o caso.

O policial Anderson Carlos Teixeira atuava na cidade de Ibirité, que fica na Região Metropolitana de Belo Horizonte.

Fonte: G1

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