EnglishEspañolPortuguês

PEQUENOS AVANÇOS

O número de porcos mortos para o consumo de carne diminuiu no Reino Unido

A demanda por essa carne também diminuiu nos Estados Unidos

10 de fevereiro de 2024
Júlia Zanluchi
3 min. de leitura
A-
A+
Foto: Ilustração | Freepik

O número total de porcos mortos para a alimentação humana no Reino Unido caiu para 10 milhões em 2023, segundo estatísticas oficiais. No total, 1,1 milhão de porcos a menos foram assassinados para o consumo de carne em comparação com o ano anterior, uma queda de 10%. Isso torna 2023 o ano com o menor número de porcos abatidos no Reino Unido desde 2013.

A demanda por carne de porco não está apenas diminuindo no Reino Unido. Recentemente, foi relatado que os produtores de carne suína dos EUA estavam enfrentando seu “ano menos lucrativo registrado”.

O veganismo cresceu na última década, com um estudo recente estimando que há agora cerca de 2,5 milhões de veganos no Reino Unido. Mais consumidores estão evitando carne devido a seus impactos éticos, ambientais e de saúde. Investigações em fazendas aprovadas pela Red Tractor, uma das principais instituições de fiscalização, mostraram que os animais enfrentam sofrimento imenso, apesar das alegações do país de ter os mais altos padrões de bem estar.

Em 2023, o ativista pelos direitos animais, Joey Carbstrong divulgou o primeiro vídeo de porcos sendo mortos por gás no Reino Unido. Cerca de 88% desses animais no país são mortos por esse método, amplamente considerado como desumano e cruel. Imagens de porcos gritando, ofegando e se contorcendo de dor podem ter afastado algumas pessoas do consumo de carne. Além disso, alternativas à base de plantas continuam a ficar cada vez mais próximas do real.

Apesar da queda no número de porcos mortos para consumo humano, o número de vidas desperdiçadas parece avassalador. em contrapartida a essas vidas temos a história do porco George, que atualmente vive no Farm Animal Rescue Sanctuary (FARS). Ele chegou ao FARS depois de ser encontrado correndo por uma estrada rural. Magro e pequeno, o porquinho foi inicialmente alimentado com mamadeira e viveu em um celeiro com as ovelhas idosas. Antes de chegar ao santuário, ele teve o rabo cortado, principal indicador de que havia escapado de uma fazenda de criação.

Depois de se recuperar de seu sofrimento e se adaptar à vida no FARS, George mudou para sua própria área. Ele agora tem aproximadamente 8 anos e pesa mais de 400 quilos. Livre para vagar, George adora fuçar na grama alta. Ele também adora ganhar agrados dos visitantes do santuário.

Infelizmente, nem todos têm a mesma sorte que George. Porcos criados em fazendas vivem em condições sujas e dolorosas em todo o mundo. No Reino Unido, por exemplo, cerca de dois terços dos porcos vivem em fazendas industriais.

As porcas reprodutoras são inseminadas à força duas vezes por ano por meio de inseminação artificial e colocadas em gaiolas de maternidade cerca de uma semana antes de darem à luz. Depois de serem desmamados de suas mães quando têm cerca de quatro semanas de idade, os leitões são levados para engordar. Seis meses depois, eles serão enviados para o abate ou usados como porcas reprodutoras.

Adotar o veganismo é a melhor maneira de minimizar o sofrimento dos animais de fazenda. Com tantas opções sem crueldade disponíveis, desde barriga de porco vegana até salsichas à base de plantas, não há motivo para fazer os animais sofrerem por uma refeição.

    Você viu?

    Ir para o topo