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ARTIGO

O novo circo: exploração e abuso de animais silvestres nas redes sociais

10 de dezembro de 2024
Roberto Cabral Borges
2 min. de leitura
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Foto: Ampara Silvestre

O Brasil venceu a exploração de animais em circos. Embora existam algumas leis estaduais que vendem esta exploração dos animais, foi a fiscalização do Ibama que encerrou esta história de maus-tratos e crueldade. Sob a tenda, debaixo da lona, não existe mais o sofrimento dos animais.

E o circo não acabou por conta disso, afinal as pessoas ainda vão para ver as habilidades dos artistas: o contorcionismo, o ilusionismo do mágico, as acrobacias dos trapezistas ou as peripécias dos palhaços. A habilidade humana se sobrepôs à exploração animal.

Na internet, um novo espetáculo cruel

Um novo espetáculo cruel surge, porém. Sem habilidades específicas e sem conteúdo próprio, pessoas com desejo de aparecer e ansiosas por aumentar sua lista de seguidores e curtidas, exploram animais silvestres nativos ou exóticos na internet.

Tempos atrás, diriam que, se quiser se aparecer, que amarrem uma melancia no pescoço. Mas não é apenas um desejo de fama, pois também existe a monetização dessa nova exploração. Ou seja, é a exploração dos animais para ganhar um dinheiro que, de outra forma, essas pessoas não conseguiriam.

São macacos de roupinha, papagaios fazendo gracinhas, capivaras pulando, serpentes enroladas no pescoço, araras… A lista de animais é grande e cresce. Alguns são ilegais e, quem os usa, alega, sem qualquer prova, que eles foram resgatados quando filhote. Mesmo que tenham sido resgatados, depois do resgate vem a exploração?

Outros compraram seus animais de criadouros comerciais lealizados, mas a exposição que fazem do bicho deixa claro que o intento não foi apenas curtir, em casa, a companhia do animal. O animal se torna uma muleta para ajudar seu dono a se destacar nas redes sociais.

O circo, como já esperávamos, sobreviveu à ausência da exploração animal. Seus mágicos, acrobatas, palhaços, contorcionistas, entre outros artistas, demonstraram que o talento era real e não precisavam de animais como muleta para manter uma tradição milenar.

Mas, e nossos internautas? Quando vir alguém explorando um animal na internet, se pergunte: essa pessoa tem conteúdo que merece ser seguido ou seu conteúdo é apenas um animal escravizado e explorado? Sua resposta poderá salvar muitos animais.

Fonte: Fauna News

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