Em um relatório do Dia Mundial do Meio Ambiente, a Organização das Nações Unidas (ONU) alertou a todos sobre o quanto a terra está se sufocando em lixo. De acordo com o relatório, quase cinco trilhões de sacolas de supermercado são usadas por ano – e quase nenhuma delas é reciclada apropriadamente.
“Nossos oceanos estão sendo usados como local de descarte, sufocando a vida marinha e transformando áreas marinhas em uma ‘sopa de plástico’,” disse Erik Solheim, chefe da Organização das Nações Unidas para o Meio Ambiente, em seu último relatório lançado em Nova Delhi.
Ele explica ainda que esse plástico mal descartado pode causar inúmeros tipos de doença. Se for consumido por animais explorados pela pecuária, a substância pode até mesmo entrar na cadeia alimentar.
O relatório apontava que esses cinco trilhões de plástico consumidos totalizavam em cerca de dez milhões de sacolas plásticas por minuto. “Se fossem amarradas juntas, todas essas sacolas de plástico poderiam ser enroladas em torno da terra até sete vezes a cada hora.”
Por volta de 79% do plástico que já foi feito até hoje, acabou sendo descartado, e praticamente nada disso foi sequer reutilizado. Apenas 9% dele foi reciclado e um pouquinho mais do que isso, 12% do material foi incinerado.
Além disso, tem também a problemática de animais que acabam morrendo por ingerir toneladas de plástico, como aconteceu recentemente com uma baleia na Tailândia.
Vacas, golfinhos e outros animais, marinhos ou terrestres, já foram encontrados com plástico no estômago – tendo a ingestão da substância a ver com a morte ou não.
A ONU disse ainda que, pensando em reverter a situação, diversos países aplicaram leis de proibição do uso de sacolas plásticas em supermercados. Apesar de ser uma tentativa louvável, o relatório diz que a saída ideal seria, na realidade, uma mudança radical nos hábitos de consumo da população.
Outra saída está também em pesquisas mais aprofundadas sobre materiais alternativos ao plástico, que causem menos impacto no meio ambiente. “Precisamos urgentemente de uma liderança forte de governo e intervenção,” conclui o relatório.