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“O médico veterinário é um educador”

30 de setembro de 2010
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O principal problema na questão da defesa dos Direitos dos Animais, para a Dra. Maria Gabriela Matos – Diretora da Clínica Veterinária Vetcor em Coruche, Santarém, Portugal -, está no fato de não se cumprir as leis. “Penso que a questão não está tanto em ter uma legislação mais severa, mas sim maior fiscalização, para obrigar as pessoas que abandonam os animais a pagarem multas”, aponta.

Maria Gabriela considera que a mentalidade ainda vai demorar para mudar enquanto, perante a lei, o animal for visto como propriedade do tutor e não como um ser vivo por si só. “Se por um lado isso facilita muitas coisas, por outro dificulta a ação legal para responsabilizar as pessoas que maltratam os animais ou os abandonam”, explica. Por isso, Maria Gabriela sublinha que o médico veterinário tem de ser um educador, não somente em relação à higiene dos animais, educação e alimentação, mas também na preservação do bem-estar animal. “Há uma série de conselhos que temos que dar e adaptamos a mensagem ao cliente em questão, tentando fazer com que a pessoa não se ofenda, porque é importante que do outro lado haja compreensão”, refere.

Maria Gabriela diz que apesar de tudo, o pensamento das pessoas em relação ao bem-estar animal está mudando lentamente, mas afirma que deveria haver mais ações de educação, principalmente nas escolas, para colocar os jovens mais próximos dessas questões e sua importância, embora considere que a educação deva começar em casa, no seio da família.

“Há ainda muito o que se fazer e é sobretudo preciso mudar o pensamento das pessoas que ainda encaram os animais como pastilha elástica, descartáveis. Ou seja, se está doente, então abandona e que venha outro”, diz revoltada.

Para a Dra. Gabriela Matos, o problema do abandono dos animais é muito sério e preocupante, porque um animal abandonado pode pôr em risco a saúde pública. “Os animais podem estar infectados com diversas doenças contagiosas, como por exemplo as lombrigas, e as crianças podem ser facilmente contaminadas”, justifica.

Fonte: O Mirante

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