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MANIFESTO

O maior desafio do 1° de maio é libertar os animais da escravidão

1 de maio de 2025
Redação ANDA
2 min. de leitura
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Foto: Ilustração | Freepik

No Dia do Trabalhador, celebramos conquistas humanas: jornadas mais dignas, direitos garantidos. Por outro lado, bilhões continuam à margem dessa narrativa de justiça: os animais de outras espécies. Invisíveis, violad0s, sem sequer o direito ao reconhecimento.

Os animais são explorados como ferramentas vivas, sem consentimento, sem remuneração, sem descanso, sem aposentadoria. Vacas ordenhadas diariamente até a exaustão. Galinhas confinadas em gaiolas minúsculas para produzir ovos em escala industrial. Jument0s subjugad0s como tração animal em pleno século XXI. Cães mantidos acorrentados para servir como alarmes vivos. Na ciência, milhares de animais são confinad0s, mutilad0s e descartados como objetos. Animais marinhos forçados a performar truques por comida, entre tantas outras formas de abus0. Tudo isso com um verniz de normalidade, ocultando o que deveria ser evidente: escravização, legitimada por nossa indiferença e dominação.

Como podemos defender com convicção os direitos dos trabalhadores humanos contra a opr3ssão, enquanto naturalizamos a exploração sistemática de outros seres sencientes? Como marchar por direitos, financiando diariamente uma estrutura baseada na subm1ssão e coisificação total de vidas não humanas?

Direitos e justiça não devem ser definidos pela espécie. Se animais que não são humanos sentem dor, medo, prazer e afeto, exatamente como nós, sua escravidão não é menor, é apenas convenientemente oculta.

Hoje é também uma oportunidade para questionar a seletividade das nossas lutas e ampliar o olhar, além dos limites da nossa própria espécie. Os animais não humanos não têm sindicatos, mas têm corpos que sentem. Não fazem greves, mas adoecem e morrem. Não escrevem manifestos, mas seus olhos gritam por socorr0.

Que este 1º de Maio nos convoque a ampliar o conceito de direitos. Que a justiça que exigimos para nós se estenda também a quem vive escravizado por nossas escolhas. E que o reconhecimento dos direitos animais e da natureza se torne, enfim, o maior e mais urgente trabalho da humanidade.

Pela libertação animal!

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