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SAÚDE

Inverno e pandemia, como manter protegidos os animais domésticos

Cães e gatos ficam mais suscetíveis a doenças respiratórias na estação. Covid também pede cuidados específicos.

11 de junho de 2022
3 min. de leitura
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Foto: Pixabay

Com as baixas temperaturas do inverno se aproximando e a Covid-19 ainda presente, tutores de cães e gatos podem ficar se perguntando se, devido à pandemia e as intempéries da estação, devem redobrar os cuidados para que os animais não fiquem doentes nesta época.

De acordo com a veterinária Rosangela Ribeiro Gebara, apesar de possuírem pelos, os animais também estão suscetíveis às doenças associadas às baixas temperaturas, como gripes, resfriados, problemas respiratórios e osteoarticulares.

Apenas 11% dos cães e gatos que habitam casas de pessoas que tiveram Covid-19 apresentam o vírus nas vias aéreas. Esses animais, entretanto, não desenvolvem a doença, segundo pesquisa realizada pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUC-PR).

Isso significa que eles apresentam exames moleculares positivos para SARS-CoV-2, mas não têm sinais clínicos da doença. “Assim como os humanos, os animais também devem ter a vacinação atualizada. Os gatos precisam estar com a vacina tríplice ou quádrupla em dia e os cães com a vacina V8 ou V10. Se for um cão filhote, idoso ou que more com muitos outros cães, procure vacinas específicas para gripe canina, que protegem contra o Adenovírus Canino Tipo 2, o vírus da Parainfluenza Canina e a Bordetella bronchiseptica”, explica Rosangela.

Abrigo e cuidado nos passeios Quanto ao aquecimento dos pets, o veterinário Eduardo Pacheco orienta para sempre abrigá-los, evitando deixá-los no sereno. E para os que vivem fora de casa, o ideal é ter camas e cobertores para proteger do frio. “Deve-se também adotar uma alimentação balanceada, evitar banhos com água fria ou até espaçar o tempo entre um banho e outro.”

Pacheco também pede atenção para evitar aglomeração de cães, como forma de prevenir a contaminação por gripe canina e caso seja necessário deixar o animal em creches, manter as vacinas em dia. “Para passear com os animais, evite horários como no começo da manhã ou no fim da tarde, quando as temperaturas caem, a umidade baixa e o sereno pode fazer muito mal”, enfatiza.

Cuidados básicos Além do cuidado com a temperatura, o veterinário faz outro alerta para os dias de passeios. “Se um cão ou gato tiver contato físico com uma superfície contaminada pelo novo coronavírus, ele pode carregá-lo para dentro de casa por meio das patas ou do pelo, assim como os humanos carregam nas mãos e objetos.” Desta forma, a orientação é que os tutores façam a higienização dos animais, após o passeio, principalmente neste período em que o número de contágios voltou a crescer. “Lave as patas deles com água e sabão neutro, da mesma forma como temos que lavar as mãos, para matar o vírus”, orienta Pacheco.

E se o tutor estiver com Covid-19? Não é raro encontrar tutores de pets infectados pelo novo coronavírus. Por isso, o Centro de Controle de Doenças (CDC) recomenda que estas pessoas restrinjam o contato com os animais, assim como fariam com outras pessoas; solicitem que outra pessoa cuide dos animais enquanto estiver doente; evitem o contato mais próximo, e isso inclui acariciá-lo, abraçá-lo, ser beijado ou lambido por ele e compartilhar alimentos; por fim, se precisarem cuidar ou ficar perto de animais enquanto estiverem doentes, lavem as mãos com água e sabão antes e depois de interagir com os bichinhos e usem máscara facial.

 

Por Diário Popular

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