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ATIVISMO

Ator James Cromwell luta pela construção de santuário para ursos explorados na produção de bile no Vietnã

3 de junho de 2022
Magnolia Gomez | Redação ANDA
3 min. de leitura
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Foto: Animals Asia

O ator e ativista James Cromwell está trabalhando há um bom tempo em parceria com a “Animals Asia”, buscando aumentar a conscientização das pessoas sobre o fim das fazendas de produção de bile e a importância de um santuário para abrigar os ursos explorados no processo. O novo espaço está sendo construído para abrigar e cuidar confortavelmente dos últimos ursos negros asiáticos e ursos do sol que estão em fazendas de bile de urso em todo o país.

Ator e ativista James Cromwell. Fotos: PETA | Facebook e Glenn Francis | PacificProDigital

A “Animals Asia” foi fundada em 1998 e luta há anos para acabar com as horríveis realidades da criação de bile de urso no Vietnã. A fundadora da organização, Jill Robinson, disse à revista PEOPLE: “após décadas de trabalho duro, estamos à beira de conseguir acabar com a criação e exploração de ursos de uma vez por todas, o que considero a coisa mais emocionante de todos os tempos, uma vez que é um marco a colaboração do governo do Vietnã na causa.”

O Vietnã já concordou em fechar todas as fazendas de bile de urso no país, mas ainda há cerca de 310 ursos em fazendas de que precisam ser transferidos para santuários. O santuário existente no Vietnã está quase cheio, já abriga cerca de 200 ursos resgatados e é por isso que eles começaram a construir um segundo santuário.

Foto: Reprodução | Four Paws

A criação de bile de urso consiste em prender os animais, geralmente ursos negros asiáticos ou ursos do sol, em gaiolas de arame tão pequenas que eles não podem se mover, ficando conectados com cateteres e sendo “ordenhados” por sua bile repetidamente pelo resto de suas vidas, para que ela seja usada na medicina tradicional.

“Como os ursos são mantidos em pequenas gaiolas de arame por toda a vida, eles têm vários problemas físicos e psicológicos. Muitas vezes, quando os resgatamos, a primeira coisa que olhamos é o que chamamos de ‘ursos quebrados’”, disse Robinson.

“Muitos deles sofreram mutilações abdominais por sofrerem intervenção cirúrgica para extrair sua bile. Outros são cegos, têm problemas cardíacos ou são mutilados, por terem sido pegos na natureza em ‘armadilhas de perna’. Praticamente todos têm problemas de mobilidade horríveis”, acrescenta ela sobre a crueldade que os ursos sofrem nas fazendas.

Foto: Andy Wilcock | Shutterstock

Robinson diz que a resiliência dos ursos resgatados nunca deixa de surpreendê-la. “Depois de trazê-los para o nosso santuário, pode levar dias, semanas ou até meses para estabelecerem uma relação de confiança, mas de repente vemos uma faísca, uma luz que entra em seus olhos. Qualquer um que resgatou um cão saberá exatamente do que estou falando. De repente, você vê essa mudança de mentalidade, a esperança de uma nova vida”, diz ela.

“Suas personalidades começam a emergir. Isso é a coisa mais linda de se ver. Ursos que ficaram horrivelmente traumatizados começam a dar cambalhotas na grama por conta própria. Fazem grupos, amizades e se tornam brincalhões. Eles andam, exploram as enormes extensões da floresta no santuário porque agora podem. Eles têm escolhas do que querem fazer, do que querem comer ao longo do dia. Eles voltam a ter a liberdade que nunca deveriam ter perdido. É um privilégio trabalhar com essas espécies para realmente começar a entender o que sentem, o que são”, acrescenta.

A contrução está sendo erguida através de doações. Para saber mais a respeito do novo santuário, visite o site da “Animals Asia“.

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