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SÃO JOSÉ (SC)

'Nunca vi nada parecido', diz protetor de animais que recebeu denúncia sobre cães mutilados

11 de abril de 2025
2 min. de leitura
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Foto: Reprodução

A cena de crueldade envolvendo os cachorros que foram encontrados mutilados e enterrados em uma praia de São José, na Grande Florianópolis, chocou o protetor de animais que recebeu a denúncia inicial sobre o caso. “Nunca vi nada nem parecido. Nem quero ver”, resumiu Francisco Koch, que atua na causa animal há 31 anos.

Os corpos de pelo menos quatro cães foram decapitados e tiveram as patas cortadas. Além disso, foram enterrados na areia da Ponta de Baixo. A Polícia Civil investiga os crimes.

Francisco contou que recebeu a denúncia em 13 de março. No dia seguinte, esteve no local e viu a situação ao vivo. Depois, fez um boletim de ocorrência e um vídeo.

Outra situação chocante para ele foi que os criminosos voltaram. “Eu achei que eles não iam mais colocar corpo ali, mudar de lugar. E deu 10 dias eles desovaram mais um animal ali na mesma praia”, lamentou.

“É como se fosse uma coisa mesmo para ser vista, sabe? Essa é a parte mais assustadora. Porque eles não estão nem aí. Eles colocaram, continuaram mesmo tendo toda a exposição. Eu não duvido que eles continuem”, continuou.

Investigação

Os corpos dos cães foram enviados para perícia e a Polícia Civil aguarda o resultado dos laudos. A delegada Sandra Mara, responsável pela investigação, afirmou que há dois suspeitos. Um deles deve ser ouvido na próxima semana.

O boletim de ocorrência foi feito em 2 de abril, mas a situação foi detectada ainda em março. Pelas primeiras informações da investigação, houve episódios do crime nas madrugadas de 12 de março e 1º de abril. Um inquérito policial foi aberto.

A investigação analisou câmeras de segurança e buscou testemunhas. Um veículo que teria sido utilizado nos crimes foi identificado.

A delegada informou que os suspeitos são investigados por abuso, maus-tratos e mutilação de animais domésticos, crimes previstos no artigo 32 da lei número 9.605/1998. Esse artigo prevê, no § 1º-A, um aumento de pena pelo fato dos animais serem cães.

Fonte: G1

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