EnglishEspañolPortuguês

ALERTA

Número de resgates a animais feridos aumenta 135% na Associação Mata Ciliar em Jundiaí (SP)

Grande parte desse aumento é resultado do desmatamento de áreas verdes, de acordo com coordenador. Resgates passaram de 2.646 em 2019 para 6.214 em 2021.

9 de agosto de 2022
2 min. de leitura
A-
A+
Ouça esta matéria:
Foto: Arquivo pessoal

A Associação Mata Ciliar registrou um aumento de 135% no número de resgates a animais feridos na região de Jundiaí (SP) entre os anos de 2019 e 2021. A instituição desenvolve ações para a conservação da biodiversidade regional.

O local acolhe desde pequenos pássaros até grandes felinos, como onças-pintadas. Segundo apurado pelo g1, em 2019 foram 2.646 animais resgatados; em 2020, 4.684; e em 2021, 6.214.

Ao g1, o coordenador de comunicação da Mata Ciliar, Samuel Nunes, contou que o aumento é constante a cada ano, principalmente em virtude do desmatamento de remanescentes naturais para implantação de estruturas logísticas e imobiliárias na região.

Foto: Arquivo pessoal

“Esse fator faz com que os animais silvestres sejam expulsos de seus habitats, aumentando o risco de sofrerem acidentes dentro das cidades”, explica.

No Centro de Reabilitação de Animais Silvestres da Mata Ciliar, a maior parte dos animais que chegam é vítima de tráfico, atropelamento, ataque de cão, queimada, eletrocussão, caça ou perderam os pais e ficaram órfãos.

De acordo com Samuel, assim que o animal resgatado chega, ele é encaminhado para um primeiro atendimento com um médico veterinário, no qual a sua situação é avaliada para que ele receba o tratamento específico.

Foto: Arquivo pessoal

“Quando os casos são mais graves, é necessário permanecer por um tempo maior em tratamento, e, após se recuperarem, eles ainda passam pela reabilitação.”

Para Samuel, o aumento no número de resgates é um reflexo dos diversos problemas e descasos ambientais presenciados diariamente.

“Isso não é só um problema de questão ambiental, impacta diretamente a qualidade de vida das pessoas, já que, com menos matas em pé, a consequência é a diminuição da qualidade do ar, a redução da quantidade de água, o empobrecimento do solo, a extinção de polinizações, entre outros fatores que são essenciais para a nossa sobrevivência”, afirma.

Foto: Arquivo pessoal

Fonte: G1

Você viu?

Ir para o topo