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Número de pessoas vegetarianas tem crescido no PI

20 de junho de 2011
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Viviany de Sousa não tinha grandes problemas em consumir carnes até iniciar o curso de veterinária na Universidade Federal do Piauí (UFPI), os estudos sobre anatomia dos animais geraram uma espécie de repulsa da jovem pelo consumo de carnes de todos os tipos. “Hoje, olho e me sinto nauseada só de pensar em comer carne”, conta. O estudante Fábio Coelho tem história semelhante. Depois de uma experiência traumática com o atropelamento de seu animal, ele nunca mais conseguiu comer carne. “Vi meu pai abatendo um porco e a imagem da minha cadela morta voltou à mente, o enjôo chegou imediatamente. Isso já faz um ano. Desde então, não sinto a menor vontade de comer carne”, diz.

No caso do editor de vídeos David Marinho, um documentário foi o estopim para que ele decidisse abolir a carne do cardápio. “O filme mostrava como a indústria da carne gera um enorme desequilíbrio ambiental, além de expor a crueldade que é exercida contra todos esses animais no momento do abate”, justifica David. Já para o aposentado Alberto Maia, a substituição das carnes por vegetais é uma forma de manter a mente mais limpa, favorecendo o exercício da espiritualidade. “Acreditamos que uma dieta mais saudável, com menos gorduras e menos calorias traz um alívio para o cérebro. Como a comunicação entre Deus e o homem se dá através do cérebro, uma mente limpa e saudável vai facilitar essa comunicação com”, afirma Alberto.

Seja por motivos religiosos, ideológicos ou simples aversão, tem crescido o número de pessoas adeptas do vegetarianismo. São pessoas que abdicaram não só da carne vermelha, mas de qualquer tipo de carne animal em suas dietas. Pesquisa do Ibope divulgada no mês de maio estimou a população de vegetarianos no Brasil em algo em torno de 9%. Trata-se de um grupo com hábitos próprios e que sofre para se enquadrar em um mundo que se movimenta para atender aos adeptos da carne. Rapidamente, os vegetarianos precisam aprender a driblar cardápios em que quase todos os pratos têm algum componente de origem animal. “Quando vou a uma lanchonete, os amigos pedem seus hambúrgueres e eu peço o mesmo sanduíche, só que sem a carne. Encho de queijo, verduras e fico saciado da mesma maneira”, afirma Fábio Coelho.

Fonte: 180Graus

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