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ESPÉCIES EM EXTINÇÃO

Número de ninhos de tartarugas-de-couro não para de crescer

Os biólogos se animaram com o registro de 79 ninhos de répteis ameaçados de extinção no condado de Broward este ano, após uma baixa de 12 em 2017

13 de novembro de 2021
Maya Yang (The Guardian) | Traduzido por Laura de Faria e Castro
2 min. de leitura
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Foto: Ilustração | Pixabay

“É difícil dizer por que o condado de Broward viu um aumento tão grande na nidificação de tartarugas-de-couro nesta temporada”, disse ao jornal Stephanie Kedzuf, bióloga do condado de Broward especializada em tartarugas-marinhas.

As tartarugas-de-couro são as maiores do mundo e são as únicas espécies de tartarugas que não têm escamas e uma carapaça dura. Em vez disso, elas têm uma pele dura e elástica e normalmente rastejam para as praias à noite e cavam buracos para colocar seus ovos na areia. Quando as tartarugas nascem, elas correm em direção ao oceano, evitando predadores como caranguejos e pássaros.

Apesar de ter a distribuição global mais ampla que a de qualquer réptil, as tartarugas-de-couro estão diminuindo rapidamente em várias partes do mundo. De acordo com o Serviço Nacional de Pesca Marinha, a população global de tartarugas-de-couro diminuiu 40% nas últimas três gerações, sendo a tartaruga-de-couro do Pacífico a que corre maior risco.

Os principais fatores de risco incluem equipamentos de pesca, que podem enredar as tartarugas, degradação dos habitats de nidificação, batidas de navios, mudanças climáticas e a poluição do oceano que pode fazer as tartarugas-de-couro ingerirem linhas de pesca, balões, alcatrão ou óleo flutuante e outros materiais descartados.

Dito isso, apesar de não conseguir identificar as razões exatas por trás dos ninhos das tartarugas-de-couro nesta temporada, os pesquisadores da vida marinha no ano passado identificaram várias teorias por trás do aumento. As restrições da Covid-19 que mantiveram humanos e resíduos nocivos longe das praias mostraram ter um efeito benéfico sobre o número de tartarugas-de-couro na Flórida.

“As chances de as tartarugas serem atacadas e mortas inadvertidamente serão menores”, disse David Godfrey, o diretor executivo da Sea Turtle Conservancy, ao Guardian no ano passado.

“Toda a presença humana reduzida na praia também significa que haverá menos lixo e outros plásticos entrando no meio marinho. A ingestão e o emaranhamento em plástico e detritos marinhos também são as principais causas de ferimentos nas tartarugas marinhas”, acrescentou.

A temporada de nidificação deste ano foi de 1 de março a 31 de outubro. Durante a temporada, 2.795 ninhos de tartarugas marinhas de todas as espécies foram registrados ao longo das praias do condado de Broward, relatou o SunSentinel.

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