No litoral pacífico da Rússia vem crescendo o número de leões-marinhos. Uma expedição internacional de cientistas da Rússia, EUA, Japão e Ucrânia está empenhada em estudar lugares que costumam frequentar.
Os leões-marinhos pertencem à classe de focas orelhudas. Este animal consta no Livro Vermelho na categoria “Perigo de desaparecimento num futuro próximo”. Com efeito, esta espécie de animais marinhos está em perigo: a partir de fins da década de 80 do século passado o número de leões-marinhos diminuiu 80%. O leão-marinho é endêmico da parte norte do oceano Pacífico. Atualmente a população mundial de leões-marinhos conta ao tudo 150 – 180 mil animais. Os lugares principais onde encontram-se é nas ilhas Aleutas e no litoral dos EUA e do Canadá. A população de leões-marinhos que habitam o Extremo Oriente da Rússia chega a 20 – 25 mil animais.
O navio científico russo “Georg Steller”, a cujo bordo se encontrava o conjunto internacional de cientistas, contou os leões-marinhos recém-nascidos e marcou os animais, acaba de retornar a Petropavlovsk-Kamchatski, uma cidade no Extremo Oriente, depois de uma navegação de dois meses. As obras eram realizadas no quadro do acordo bilateral na esfera de proteção do meio-ambiente entre a Rússia e os EUA que está em vigor a partir de 1972, – revelou à “Voz da Rússia” Vladimir Burkanov, chefe da expedição, pesquisador sênior da filial de Kamachatka do Instituto de geografia da seção do Extremo Oriente da Academia de Ciências Russa.
Desta expedição participaram especialistas dos EUA, cientistas e estudantes do Japão, vários voluntários e cientistas da Ucrânia, assim como pesquisadores de vários institutos de pesquisas cientificas e de estabelecimentos de ensino da Rússia, como, por exemplo, a Academia de Agricultura de Viatka e o Instituto de Oceanologia. A expedição contava ao todo mais de 30 pessoas. Algumas delas trabalhavam no navio, enquanto que outras, nas ilhas. Estas últimas observavam durante dois meses os pousos dos animas e os resultados da sua reprodução.
O leão-marinho, como espécie, tem no Extremo Oriente quatro grupos separados. Um deles habita as ilhas Comandante e pertence à população ocidental de leões – marinhos. O segundo, vive junto do litoral leste da península de Kamchatka. Este grupo possui um único lugar situado junto do cabo Kozlov, no parque nacional Kronotski. Todos os anos, vêm à luz cerca de cem filhotes. Outros grupos habitam as ilhas Curilhas e a parte norte do mar de Okhotsk. Vladimir Burkanov revelou que a última expedição tinha registrado o crescimento ativo do número de leões-marinhos. Mais de mil “filhotes” nasceram neste verão na ilha de Jonas, situada junto do extremo norte de Sacalina. Um número mais ou menos igual de pequenos leões-marinhos nasceu na ilha Tiuleni, situada ao sul de Sacalina. Foi registrado o aumento da natalidade destes grandes animais no cabo de Crilhon da ilha de Sacalina, e na minúscula ilhota “Pedra de Perigo”, situada no estreito de Lá Peruse.
A expedição constatou a diminuição da natalidade de leões-marinhos nas ilhas Comandante, onde nascem normalmente 220 – 225 filhotes. Neste ano o seu número foi igual apenas a 180. Vários participantes da expedição ficam nas ilhas até o dia 1 de setembro a fim de esclarecer as causas deste fenômeno.
Os cientistas apontaram várias razões que impedem o crescimento da população de leões-marinhos. A mais importante delas é a poluição do oceano e, como resultado, diminuição de moluscos e peixes, – o principal fonte alimento dessa espécie. Um grande perigo para os leões – marinhos, são as baleias orcas, seu principal predador. Além disso, os leões-marinhos morrem frequentemente nas redes de pesca.
Fonte: Voz da Rússia